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85% dos bares e restaurantes não conseguem empréstimo

Pesquisa realizada pela ANR (Associação Nacional de Restaurantes) mostra também que 3 entre cada 4 empresas já realizaram demissões

Economia|Do R7


Restaurante que criou drive-thru para atender os clientes durante a pandemia
Restaurante que criou drive-thru para atender os clientes durante a pandemia

A maioria dos bares e restaurantes que pediram empréstimo teve proposta negada. Segundo pesquisa da (ANS) Associação Nacional de Restaurantes, terceira da série sobre impactos dovid-19, apontou que 85% das empresas que fizeram pedidos para instituições financeiras tiveram propostas recusadas.

Leia mais: Bares e restaurantes demitem 1 milhão e fecham 20% dos negócios

O setor tem cerca de 1 milhão de empresas em todo o país, de acordo com a ANR. Até 200 mil empresas podem fechar, segundo a entidade, principalmente entre micro e pequenas, sem acesso a crédito. Das empresas que participaram, 21% afirmam que não devem conseguir manter seus negócios após a crise.

A pesquisa foi realizada com os associados da ANR de 10 a 14 de maio. A entidade representa mais de 9 mil pontos comerciais do país, entre redes, franquias e restaurantes independentes. O setor empregava antes da crise cerca de 6 milhões de trabalhadores e faturava R$ 400 bilhões anualmente até 2019.

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A ANR estima que cerca de 1 milhão de pessoas já perderam o emprego no setor desde o início da crise. A nova pesquisa apontou também que 3 entre cada 4 empresas já demitiram parte dos seus funcionários (76,9%).

Para o presidente da ANR, Cristiano Melles, a questão do crédito passou a ser um grande problema no setor, uma vez que antes da pandemia muitas empresas recorriam à antecipação de recebíveis de cartão. “Muitos empresários estão relatando uma série de dificuldades nessa área, o que prejudica ainda mais o setor”, afirma.

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A principal bandeira da ANR nesse momento, segundo Melles, continua sendo a ampliação dos prazos da MP dos Salários (MP 936). A entidade defende a extensão dos prazos de 60 para 120 dias para suspensão de contratos e de 90 para 150 dias para redução de jornada.

Outra frente de atuação da entidade é a defesa pela redução das taxas cobradas pelos aplicativos de delivery, um dos únicos meios de receita para bares e restaurantes hoje, ao lado dos serviços de drive-thru e retirada no balcão. Na pesquisa, 78% dos entrevistados responderam que fizeram uso da MP dos Salários para conseguir pagar a folha de pagamento de abril.

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Apenas com o delivery, 40% dos entrevistados disseram que não chegam a faturar nem 10% da receita antes da crise. Outros 29% faturam hoje de 11% a 30%.

Um novo dado trazido pela pesquisa dá a dimensão da crise no setor: 32% das empresas entrevistadas com mais de uma loja afirmaram que já tiveram que fechar algumas unidades em definitivo. Sobre a folha de pagamento de maio, a ser paga no quinto dia útil de junho, 68,45% afirmaram que não dispõem de recursos do caixa para os salários e terão que recorrer a empréstimos de bancos ou novas linhas de crédito.

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