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Após 6 meses, Ibovespa retoma 116 mil pontos, na contramão do exterior

O índice avançou 0,73%, no primeiro fechamento acima dos 116 mil pontos desde 14 de setembro de 2021 

Economia|Do R7


Bolsa fecha no menor nível em um ano com aprovação de PEC e dólar caiu até o início da tarde, mas fechou com pequena alta
Bolsa fecha no menor nível em um ano com aprovação de PEC e dólar caiu até o início da tarde, mas fechou com pequena alta

O principal índice da Bolsa brasileira avançou nesta segunda-feira (21) pela quarta sessão consecutiva e voltou a fechar acima dos 116 mil pontos, depois de seis meses, apesar da queda das ações em Wall Street por postura mais dura do presidente do banco central americano contra a inflação.

Vale, Petrobras e Itaú Unibanco puxaram a alta do Ibovespa, enquanto Suzano e B3 ficaram na ponta oposta.

O Ibovespa avançou 0,73%, a 116.154,53 pontos, o primeiro fechamento acima dos 116 mil pontos desde 14 de setembro. O volume financeiro foi R$ 25,7 bilhões.

"Vamos ter uma comprovação daqui a alguns dias (quando saem os dados oficiais), mas acredito que seja um fluxo estrangeiro puxando o Ibovespa, semelhante ao que vimos no começo do ano", diz Adriano Yamamoto, diretor comercial da corretora do C6 Bank. Ele observou que o investidor de fora do país costuma procurar ações de commodities e de bancos.

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"Quem vai ditar o fluxo da Bolsa é o estrangeiro", acrescenta ele. "Não vejo fluxo local que saiu da Bolsa voltando", dada a atual incerteza quanto à atividade econômica e aos níveis altos dos juros.

O Ibovespa chegou a reduzir boa parte dos ganhos no início da tarde, após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, adotar postura lida como mais dura contra a inflação. Ele disse que o banco central americano deve agir "rapidamente" para combater alta dos preços e afirmou que podem ocorrer elevações de juros maiores do que 0,25 ponto percentual.

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A declaração pesou sobre as bolsas americanas, cujos principais índices fecharam no vermelho. O Nasdaq Composite e o Dow Jones caíram 0,4% e 0,6%, respectivamente, e foram destaques negativos.

No Brasil, a afirmação pressionou as ações de tecnologia e consumo, segundo Bruna Marcelino, estrategista-chefe da Necton Investimentos. Os setores são vistos como de "crescimento" e, portanto, mais sensíveis aos juros.

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A guerra na Ucrânia também segue no radar do mercado, diante da manutenção dos conflitos e avanço lento das negociações de paz.

A ata da última reunião de política monetária do Banco Central brasileiro será divulgada na terça-feira.

Destaques

• PETROBRAS PN e ON avançaram 3,8% e 3,4%, respectivamente, diante da alta de 7,1% do petróleo Brent, sob influência de potenciais sanções da União Europeia ao petróleo russo, ainda que os governos do bloco discordem sobre o assunto, e de ataque a instalações na Arábia Saudita. 3R PETROLEUM ON subiu 3,7% e PETRORIO ON avançou 1%.

• VALE ON valorizou-se 2,8%, quarta alta seguida, depois de avanço tímido do preço do minério de ferro na China, enquanto futuros do vergalhão de aço fecharam estáveis. CSN ON teve acréscimo de 2,6% e GERDAU PN cedeu 0,4%. BRADESPAR PN, que tem participação em Vale, apontou ganhos de 3,5%.

• ITAÚ UNIBANCO PN liderou fortalecimento dos grandes bancos de varejo e fechou em 2,5% no positivo. BRADESCO PN, BANCO DO BRASIL ON e SANTANDER BRASIL UNIT subiram mais de 2% cada um.

• INTER UNIT afundou 8,9%, MÉLIUZ ON desvalorizou-se 3,6% e BTG PACTUAL UNIT apontou decréscimo de 2,5%, enquanto NATURA ON perdeu 3,6% e PETZ ON caiu 3,8%.

• SUZANO ON diminuiu 3,7%, apesar de ter comunicado clientes sobre aumentos de até 100 dólares nos preços da celulose a partir de abril. A rival KLABIN UNIT, que anunciou reajuste de até 125 dólares, caiu 2,5%. Os dois papéis são influenciados negativamente pela queda do dólar ante o real.

• ELETROBRAS ON cedeu 1,2%, após a estatal divulgar lucro líquido no quarto trimestre de 610 milhões de reais, queda de 52% no comparativo anual.

• JBS ON subiu 0,8%. A empresa divulga balanço após o fechamento do mercado. Entre outras empresas que publicam seus números nesta segunda-feira, ENEVA ON caiu 3,5%, interrompendo quatro sessões de alta, e UNIDAS ON perdeu 2%.

• MULTIPLAN ON subiu 1,9%, quarta alta seguida, após analistas do BTG Pactual elevarem a recomendação do papel de "neutra" para "compra".

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