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Após quatro meses de queda, arrecadação em outubro cresce e tem o melhor desempenho desde 1995

Dados da Receita Federal mostram, porém, que o acumulado do ano ainda tem queda de 0,68%

Economia|Do R7

Impostômetro em São Paulo marca quanto os brasileiros já pagaram anualmente ao governo federal
Impostômetro em São Paulo marca quanto os brasileiros já pagaram anualmente ao governo federal Impostômetro em São Paulo marca quanto os brasileiros já pagaram anualmente ao governo federal

A arrecadação do governo federal teve alta real (acima da inflação) de 0,10% em outubro sobre o mesmo período do ano passado, com um total de R$ 215,60 bilhões. É o melhor resultado para o mês desde 1995, quando começou a série histórica. Os dados são da Receita Federal.

O crescimento na comparação com 2022 ocorre após quatro meses seguidos de queda. A baixa arrecadação tem preocupado a equipe econômica de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, que defende projetos de aumento de impostos. No acumulado de janeiro a outubro, a retração é de 0,68%, com patamar de R$ 1,90 trilhão.

"A arrecadação de outubro veio bastante positiva em todos os tributos, inclusive no Imposto de Renda, que reduziu um pouco a diferença negativa do mês anterior. Nós creditamos isso à recuperação do ritmo da atividade econômica", disse Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários da Receita.

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"Há expectativa de que neste fim de ano a gente tenha uma recuperação mais acentuada da atividade", acrescentou.

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O dado de outubro veio levemente acima da expectativa indicada em pesquisa da Reuters, que apontava para arrecadação de R$ 212,5 bilhões.

Os recursos captados pela Receita, que englobam a coleta de impostos de competência da União, tiveram alta real de 0,71% em outubro em comparação ao mesmo mês do ano passado, para R$ 195,58 bilhões.

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No acumulado dos dez primeiros meses de 2023, houve alta ajustada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 0,65%, para R$ 1,80 trilhão, informou o Leão.

Já as receitas administradas por outros órgãos, com peso grande dos royalties sobre a exploração de petróleo, tiveram mais uma queda real no mês passado, de 5,42%, para R$ 20,01 bilhões, acumulando nos primeiros dez meses do ano baixa de 19,69%.

De acordo com o Fisco, o desempenho do mês foi explicado principalmente pelo comportamento dos indicadores econômicos, com alta da venda de bens levando a um aumento na arrecadação de PIS/Cofins, além de uma elevação da massa salarial, que ampliou ganhos com contribuições previdenciárias.

No mês passado, o Imposto de Renda das empresas (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) totalizaram uma arrecadação de R$ 52,5 bilhões, um decréscimo real de 7,06% em relação ao ano anterior. Em setembro, a queda havia sido de 15,7% na comparação com mês equivalente de 2022.

A trajetória da arrecadação é acompanhada de perto pelos agentes de mercado e pelo Banco Central, que duvidam da promessa do governo de zerar a dívida primária de 2024.

Na semana passada, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que a questão fiscal é a principal fonte de preocupação no país e destacou que há diferenças entre as estimativas do mercado para os resultados das contas públicas e as metas projetadas pelo governo.

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