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Bolsonaro sobre Fundo Eleitoral: veto quando chegar na minha mesa

Proposta aprovada no Congresso prevê aumento de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões. Presidente tem 15 dias para decidir sobre tema

Economia|Do R7, com Estadão Conteúdo

Bolsonaro teve alta hospitalar no domingo após tratar de uma obstrução intestinal
Bolsonaro teve alta hospitalar no domingo após tratar de uma obstrução intestinal Bolsonaro teve alta hospitalar no domingo após tratar de uma obstrução intestinal

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (20) que ainda não vetou o trecho da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), aprovada no Congresso, que prevê aumento do Fundo Eleitoral, de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões, porque o projeto ainda não chegou na sua mesa.

Ele lembrou ainda que terá 15 dias úteis para tomar a decisão.

"Eu precisava da aprovação da LDO e os parlamentares que votaram favoravelmente foram rotulados como se estivessem votando essa majoração do fundão, o que não é verdade", disse em entrevista à Rádio Itatiaia.

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No entanto, a base aliada do governo não apoiou a iniciativa da bancada do Novo de pedir destaque da votação do chamado "fundão" para que a medida pudesse ser votada separadamente da LDO. Desta forma, seria possível aprovar a previsão de orçamento para 2022 sem que houvesse aumento dos recursos destinados aos partidos para financiamento das campanhas.

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Bolsonaro disse ter liberdade de vetar a proposta devido ao que considera "extrapolação" por parte do parlamento no valor estabelecido. No entanto, a medida é do interesse de setores fisiológicos do Congresso, aos quais o governo se aliou desde as eleições para as presidências da Câmara e do Senado, nas quais o Planalto apoiou candidatos destes setores.

Voto impresso

Na mesma entrevista, Bolsonaro disse que agendará para a semana que vem uma apresentação na qual demonstrará que as urnas eletrônicas não são seguras.

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Segundo o chefe do executivo federal, as eleições de 2014 foram fraudadas e provará, em evento no Palácio do Planalto, que o então candidato Aécio Neves (PSDB-MG) ganhou as eleições de 2014 – no pleito daquele ano, a petista Dilma Rousseff saiu vencedora.

O presidente tem como uma de suas bandeiras o retorno do papel nas eleições em um modelo híbrido de apuração, mantendo a urna eletrônica, mas imprimindo a escolha do eleitor. Há anos ele sustenta – sem apresentar até agora nenhuma prova – fraudes nas urnas eletrônicas.

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Bolsa Família

Na mesma entrevista, o presidente disse que não pretende mudar o nome do Bolsa Família para Renda Cidadã, mas apenas aumentar o valor do benefício para no mínimo R$ 300 a partir de novembro.

"É pouco? Sei que é pouco, mas é o que a nação pode dar. Alguns falam em mudar de nome, eu não estou preocupado em mudar de nome eu quero atender a população", declarou o presidente, que reclamou da "chiadeira" feita com relação ao valor distribuído pelo auxílio emergencial.

Segundo o chefe do executivo federal, o auxílio emergencial custou R$ 700 bilhões em 2020 e provocou endividamento do governo. Previu ainda 22 milhões de pessoas inscritas no Bolsa Família a partir de dezembro, o que classificou como "um número assustador".

"A conta é alta, a gente não tem como se endividar mais. Alguém tem que produzir para pagar isso daí", disse ao justificar a impossibilidade de oferecer valores mais elevados do que os R$ 300 propostos.

Reformas

Bolsonaro destacou também que acredita na aprovação das reformas tributária e administrativa ainda neste ano. Mas fez ressalvas sobre o que considera "exagero" do Ministério da Economia na formulação da reforma tributária com previsão de aumento de impostos.

"Se chegar aumentando a carga tributária, eu veto", disse Bolsonaro sobre a proposta pretendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que prevê cobrança de 20% de imposto sobre dividendos, frações de lucros de empresas destinados aos proprietários, sócios ou acionistas.

"O que nós não podemos fazer é aumentar a carga tributária no Brasil", completou. O novo tributo está na mira de entidades setoriais e do mercado financeiro.

A ideia é compensá-lo por meio da redução dos impostos sobre o lucro das empresas. Paulo Guedes, que já tinha admitido que a primeira proposta do governo para a reforma do Imposto de Renda tinha erros na calibragem das alíquotas, prometeu reduzir o imposto cobrado das empresas com lucros de até R$ 20 mil por mês em 10 pontos porcentuais, de 15% para 5%.

Caso os cortes previstos dos subsídios funcionem, e com a economia voltando a crescer, Guedes sustentou que será possível promover um segundo corte, de 2,5 pontos porcentuais, levando a alíquota para 2,5%, conforme a nova versão da reforma tributária apresentada na terça-feira (13) pelo deputado Celso Sabino (PSDB-PA), com quem Bolsonaro afirmou que detalhes da reforma estão sendo acertados.

Pelo texto, para empresas com lucros de até R$ 20 mil por mês o corte do Imposto de Renda será de 15% para 5% em 2022 e, depois, para 2,5%, em 2023. Para lucros acima de R$ 20 mil, o corte será de 25% para 15% no primeiro ano e para R$ 12,5% no ano seguinte.

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