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Confiança do consumidor recua com piora das perspectivas de inflação e crédito escasso

Queda do otimismo em abril foi guiada pelas famílias de baixa renda, com rendimentos abaixo de R$ 2.100, mostra FGV

Economia|Do R7


Índice de Confiança do Consumidor figura nos 86,8 pontos
Índice de Confiança do Consumidor figura nos 86,8 pontos

A piora das perspectivas de inflação e a dificuldade de acesso ao crédito resultaram no recuo de 0,2 ponto do ICC (Índice de Confiança do Consumidor) em abril, para 86,8 pontos, de acordo com dados publicados nesta terça-feira (25) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), explica que a acomodação do indicador em patamar considerado baixo em termos históricos ocorre porque a "heterogeneidade dos resultados torna difícil uma sinalização mais clara sobre as perspectivas futuras".

"Há um aumento do pessimismo das famílias com renda familiar mais baixa e redução para as famílias de maior poder aquisitivo. Esse cenário pode estar relacionado ainda a um alto endividamento das famílias, principalmente de menor renda, junto com um aumento das perspectivas de inflação para os próximos meses e dificuldade de acesso ao crédito", analisa Viviane.

Em abril, a acomodação da confiança foi influenciada pela estabilidade das avaliações sobre o cenário atual e pela ligeira piora das perspectivas para os próximos meses. O ISA (Índice de Situação Atual) variou 0,1 ponto, para 72,1 pontos, o melhor resultado desde outubro de 2022 (74,5 pontos), enquanto o IE (Índice de Expectativas) cedeu 0,4 ponto, para 97,6 pontos.

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Poder aquisitivo

Na análise por faixas de renda, o resultado negativo de abril foi influenciado principalmente pela piora da confiança dos consumidores com renda familiar abaixo de R$ 2.100, cujo indicador recuou 7,9 pontos após a alta de 4 pontos em março.

Apenas as famílias de maior poder aquisitivo alcançam o nível de 90 pontos. As faixas com renda familiar entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00 e acima de R$ 9.600,01 apresentaram alta de 1,2 e 2,8 pontos, respectivamente.

De acordo com a FGV, o avanço da confiança dos consumidores é resultado da melhora nas expectativas para os próximos meses acompanhada de relativa estabilidade na percepção da situação atual.

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