O salto de 1,9% da economia nacional ao longo do primeiro trimestre de 2023 não foi impulsionado pelo consumo das famílias brasileira, que aumentou apenas 0,2% na comparação com os três últimos meses do ano passado.
Ainda na ótica da demanda, as despesas do governo cresceram 0,3%, mesmo resultado apresentado no quarto trimestre de 2022.
Os dados fazem parte do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado nesta quinta-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O indicador é responsável pela medição do PIB (Produto Interno Bruto), que representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país.
Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, a despesa de consumo das famílias registrou alta de 3,5%. A alta é influenciada pelo aumento na massa salarial real, avanço do crédito e a inflação em patamares menores.
Já a despesa de consumo do governo teve elevação de 1,2% em relação ao primeiro trimestre de 2022. Além disso, a variação de estoques cresceu 24% em termos nominais, nesse primeiro trimestre contra o mesmo período do ano anterior, também contribuindo positivamente para o crescimento.
Ótica da demanda
Sob a ótica da demanda, os dados mostram que a formação bruta de capital fixo registrou queda de 3,4% entre os meses de janeiro e março, na comparação com o quarto trimestre do ano passado.
O setor externo também contribuiu positivamente para o crescimento entre os componentes da demanda, já que as exportações de bens e serviços tiveram variação negativa de 0,4%. Ao mesmo tempo, as importações caíram 7,1% no período.