Dólar recua a R$ 5,16, e Ibovespa sobe à espera da política fiscal
O dólar à vista fechou o dia em baixa de 0,6%; já o principal índice da Bolsa avançou 0,8%, a 104.700,32 pontos
Economia|Do R7
![O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,1697, em baixa de 0,6%](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/6455CTINWFMIJEY2SBL2I2OOAU.jpg?auth=2a8e9d946a21899badc57561541f9b74bc51126d04cc2f4ac1c028a9913a5afe&width=629&height=415)
O dólar à vista fechou em baixa ante o real nesta segunda-feira (6), sob a influência do exterior e com participantes do mercado aproveitando as cotações mais elevadas, em especial perto do início da tarde, para vender a moeda americana no Brasil.
O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,1697, em baixa de 0,60%. Foi a segunda sessão consecutiva de queda para a moeda americana, que atingiu a menor cotação de fechamento desde 23 de fevereiro.
O dólar abriu o dia em alta, em sintonia com o exterior, onde a divisa americana também avançava ante outras moedas de países exportadores de commodities.
Às 10h40 (horário de Brasília), a moeda dos EUA atingiu a cotação máxima da sessão, de R$ 5,2183 (+0,34%), mas perdeu fôlego logo depois.
Já o Ibovespa avançou nesta segunda-feira, buscando recuperar terreno após duas semanas de queda, diante do impulso de bancos e empresas aéreas e do foco dos investidores na aguardada divulgação do novo arcabouço fiscal do país.
A Azul disparou 38% após o anúncio da reestruturação de passivos com empresas de leasing e a publicação do resultado do quarto trimestre.
Do lado negativo, os setores de siderurgia e mineração limitaram os ganhos, com queda do minério de ferro e perspectiva mais negativa para a economia da China, uma grande consumidora de commodities, incluindo aço.
O Ibovespa subiu 0,8%, a 104.700,32 pontos, tendo revertido queda de até 0,67% pela manhã. O volume financeiro somou R$ 22,2 bilhões.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta tarde que a pasta fechou sua contribuição sobre o desenho do novo arcabouço fiscal do país e que agora vai tratar do assunto com a área econômica, antes de apresentar o plano ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"É um movimento muito esperado pelo mercado", disse Pedro Serra, chefe de pesquisas da Ativa, sobre o anúncio da nova regra fiscal a ser proposta pelo governo.
Serra afirmou que os investidores, em geral, não esperam uma regra que vá "animá-los", mas que parte dos agentes financeiros está se posicionando caso a proposta de novo arcabouço fiscal agrade ao mercado mais do que o esperado.
"Acho que o mercado está muito leve, muito gestor já retirou o risco, acho que teve muito gestor adicionando uma posição pelo menos mais neutra em Bolsa", acrescentou.
No exterior, os principais índices em Wall Street, que abriram em alta, perderam força durante o pregão e fecharam próximos da estabilidade. Investidores estão de olho em dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos e em declarações do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, mais tarde nesta semana.