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Mercado eleva estimativas da inflação e juros para 2024 e 2025, diz relatório do Banco Central

Boletim divulgado nesta segunda-feira também mostra que economistas mantiveram a projeção para o crescimento do PIB

Economia|Do R7

Boletim Focus foi divulgado nesta segunda-feira Tânia Rêgo/Agência Brasil

A expectativa para a inflação deste ano foi elevada pela quarta semana consecutiva no Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira (3) pelo Banco Central. A projeção de 2024 passou de 3,86% para 3,88%. Um mês antes, a mediana era de 3,72%. Para 2025, foco principal da política monetária, a projeção passou de 3,75% para 3,77%, ante 3,64% de um mês atrás.

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Considerando as 115 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 passou de 3,86% para 3,90%. Para 2025, a projeção passou de 3,77% para 3,78%, considerando 112 atualizações no período. Para 2026, a projeção passou de 3,58% para 3,60%, ante 3,50% de um mês atrás.

O indicador desancorou nas duas últimas semanas. O governo já sinalizou a manutenção da meta de inflação em 3,0% para este e os próximos anos, mas ainda não publicou o decreto para regulamentar a meta contínua. No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa seguiu em 3,50%, como está há 48 semanas.

As estimativas do Relatório de Mercado Focus continuam acima do centro da meta para a inflação, de 3,00%. O IPCA de 2023 ficou em 4,62%, abaixo do teto da meta (4,75%, para um centro de 3,25% no ano passado), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022.


O Copom (Comitê de Política Monetária) divulgou em maio projeção de 3,8% para o IPCA de 2024, depois de o indicador ter ficado em 3,5% nas reuniões anteriores, de dezembro, janeiro e março. Para 2025, a projeção também subiu, para 3,3%.

Com a desancoragem das expectativas de inflação, o mercado elevou novamente a projeção da Selic para 2024, que já está em dois dígitos: passou de 10,00% para 10,25%. Há um mês, o patamar era de 9,63%. Considerando apenas as 80 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2024 seguiu em 10,25% ao ano.


Taxa Selic

O Copom cortou a Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,50% ao ano, em maio. A decisão dividida do colegiado deixou os indicados pela gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do lado que seguiria a sinalização de redução de 0,50 ponto percentual, enquanto os diretores que já estavam no BC antes deste governo optaram por diminuir o ritmo de cortes no momento. Na ata, houve um grande movimento para explicar que a divergência se deu pela avaliação do custo reputacional de abandonar a sinalização.

Ao justificar a decisão, o BC disse entender que ela é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2025. “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, pontuou o Copom.


No Relatório de Mercado Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 também foi elevada, de 9,00% para 9,18%, ante 9,00% há um mês. Considerando apenas as 77 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2025 seguiu em 9,00% ao ano. Para 2026, a projeção seguiu em 9,00%, ante 8,75% há um mês. Para 2027, a estimativa seguiu em 9,00%, de 8,50% de um mês atrás.

PIB

O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira manteve a projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2024. A mediana para a alta da atividade deste ano seguiu em 2,05%, mesmo patamar de um mês atrás. Considerando apenas as 62 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2024 seguiu em 2,00%.

Para 2025, o documento trouxe manutenção na estimativa de crescimento do PIB em 2,00%, como já está há 25 semanas. Considerando as 60 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2025 também seguiu em 2,00%.

Em relação a 2026, a mediana continuou em 2,00% pela 43ª semana consecutiva. O boletim ainda trouxe a estimativa de crescimento para 2027, que se mantém em 2,00% por 45 semanas.

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