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Moto é o único bem que pobres têm mais que o restante dos brasileiros

Segundo o IBGE, item tem maior número de proprietários entre pessoas que ganham menos de R$ 22 por dia; máquina de lavar é o produto mais elitizado

Economia|Do R7

Serviços de entrega podem explicar diferença
Serviços de entrega podem explicar diferença Serviços de entrega podem explicar diferença

A Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada nesta quarta-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revela que, aparentemente invertendo a lógica de consumo, a motocicleta é o único bem que as pessoas mais pobres do Brasil têm mais que o restante da população.

No capítulo Pobreza Monetária, o instituto utiliza como métrica para definir esse grupo pessoas que recebem menos de US$ 5,50 por dia (cerca de R$ 22 diários). Estavam nessa condição em 2018 25,3% da população nacional.

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Esse valor em dólar é o sugerido pelo Banco Mundial para definir quem é pobre em países com rendimento médio-alto, como o Brasil. Em nações mais pobres a instituição adota o limite de US$ 1,90 ao dia.

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Para o IBGE, nessa categoria há "a privação do bem-estar, que pode ser entendida como a limitação da capacidade que os indivíduos possuem de participar na sociedade".

Neste grupo, no Brasil a posse de motocicletas é maior, ainda que por pequena margem, do que a de todo o restante da população. Segundo dados da Pnad Contínua, 27,3% dos pobres têm moto, mais do que os 25,2% dos brasileiros. 

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"O uso da motocicleta como instrumento de trabalho e obtenção de rendimento, para serviços de entrega nos centros urbanos, ou mesmo a substituição da tração animal nas áreas rurais, pode estar entre os fatores que justificam esse indicador mais elevado", justifica o IBGE no estudo.

Em outros bens analisados, a proporção "natural" é restabelecida. Quem ganha acima de US$ 5,50 ao dia tem mais telefones que o grupo de baixo: 96% a 91,4%; geladeira, 98,3% a 95,6%; máquina de lavar roupa, 65,6% a 36,5%; automóvel, 51,2% a 21,8%.

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