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No Brasil há 100 anos, Ford foi 1ª montadora com sede nacional

Montadora que chegou ao Brasil em 1919 anunciou que vai fechar suas últimas três fábricas em operação no país

Economia|Do R7

Ford iniciou operações no Brasil em 24 de abril de 1919
Ford iniciou operações no Brasil em 24 de abril de 1919 Ford iniciou operações no Brasil em 24 de abril de 1919

A Ford anunciou nesta segunda-feira (11) que vai encerrar suas atividades no Brasil após mais de 100 anos. A montadora, que se instalou em território nacional em 1919 a pedido de Henry Ford, foi a primeira fabricante de veículos a operar no Brasil.

Cidade escolhida para sediar a fábrica, São Paulo importava quase todos seus bens e não tinha requisitos para receber uma linha de montagem de automóveis. O problema se agravava com a baixa formação da mão de obra local, que era restrito à indústria de tecidos.

O início oficial da Ford do Brasil ocorreu em 24 de abril de 1919, quando foi determinada em uma reunião a “eficaz transação dos negócios da Ford Motor Company” no Brasil para conduzir e tratar os seus negócios com orçamento inicial de US$ 25 mil. A instalação da montadora no Brasil ocorria após somente as operações nas filiais do Canadá, França, Inglaterra, Irlanda e Argentina.

“Ford Bigode”

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Na instalação da primeira linha de montagem e escritórios foi investido um capital de 111 contos de réis. A produção foi iniciada no dia 1º de maio de 1919, com um ritmo inicial de três unidades por dia do Modelo T e da sua versão utilitário, o Modelo TT. 

Os primeiros carros chegavam quase prontos, recebendo aqui a montagem do para-brisa, capota e rodas. Doze funcionários, alguns técnicos americanos e quase uma centena de operários brasileiros, recrutados na capital e interior, compunham a primeira equipe oficial da Ford no Brasil.

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Leia mais: Com fechamento de fábrica, Ford Ka e EcoSport sairão de linha no país

Foram surgindo, assim, os primeiros veículos Ford montados no Brasil. de mecânica simples, robusto e fácil de manter, o Modelo T logo caiu no gosto popular e ganhou o carinhoso apelido de “Ford Bigode”.

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Com motor de 2.9 L com quatro cilindros a gasolina tinha potência de 20 cv e chegava a 72 km/h, o carro teve uma procura tão intensa que em 1920 a Ford registrou seu primeiro recorde de vendas, com 2.447 unidades.

Fábrica própria

Ainda em 1919, o galpão da Rua Florêncio de Abreu já não era suficiente para acomodar o volume de Modelos T que chegavam ao Brasil, o que fez com que a empresa transferisse suas instalações para um local maior, na Praça da República.

A montadora crescia em ritmo acelerado e aumentou em poucos meses a produção para cerca de 4.000 unidades. Com a necessidade de novos investimentos, a empresas decidiu construir uma unidade industrial própria no bairro paulista do Bom Retiro.

O prédio novo seguia o mesmo padrão da sede da empresa em Detroit, abrigando a primeira linha de montagem de veículos em série do Brasil. Com capacidade para produzir 4.700 automóveis e 360 tratores Fordson por ano, a fábrica montava cerca de 40 unidades por dia. Em 1923 ela empregava 124 pessoas.

Treinamento técnico

A Ford também foi pioneira na criação de programas de treinamento, tanto para os funcionários contratados no país quanto para as equipes de suas concessionárias. Logo após a mudança para a nova fábrica no Bom Retiro, a empresa fundou a Escola Mecânica volante para formar operários especializados e aprimorar a mão de obra nacional.

As peças americanas, com complicados nomes em inglês, exigiam um paciente trabalho de seleção e armazenamento e aos poucos tiveram seus nomes abrasileirados, para, por exemplo: macaco, virabrequim, árvore de manivelas e tantos outros. Devido em grande parte ao trabalho desenvolvido pela Ford, foi editado no Brasil o primeiro dicionário técnico inglês-português.

Os carros pioneiros da Ford ajudaram a impulsionar a abertura de novas rodovias no Brasil. A pedido do presidente Washington Luiz, a Ford incluiu em todos os seus anúncios a frase “Boas estradas encurtam distâncias, unem os povos e trazem progresso” para estimular o desenvolvimento rodoviário nacional.

Grandes transformações

Os anos 1930 foram marcados por grandes transformações políticas, econômicas e culturais no mundo. A Grande Depressão, gerada pela quebra da Bolsa de Nova York em 1929, persistiu durante toda a década até a Segunda Guerra Mundial. Várias empresas fecharam as portas no período, mas a Ford manteve as operações e fez lançamentos importantes.

O Ford V8, lançado nos Estados Unidos em 1932, foi outro marco de engenharia, com o primeiro motor V8 monobloco, fundido em uma peça, mais leve e de menor custo. Outros fabricantes já haviam produzido motores de oito cilindros, mas eram pesados e caros.

O V8 ostentava também um novo design de embreagem, suspensão aprimorada e melhor distribuição de peso dos passageiros, tornando a direção mais eficiente e rápida que a dos concorrentes.

A revolução nos métodos de fundição obtida com esse projeto, comandado diretamente por Henry Ford, levou a outros aprimoramentos. Surgiram assim os primeiros virabrequins de aço fundido (até então eram forjados) e o primeiro aço inoxidável de aplicação automotiva.

Além do V8, outros modelos da marca foram importados para o Brasil: o Modelo Y e, depois, o Ford Anglia e o Prefect, produzidos na Inglaterra, e o Ford Eifel, montado na Alemanha.

Em 1938, a Ford lançou o Mercury nos Estados Unidos, como modelo 1939, que logo depois também começou a ser montado no Brasil. No entanto, esse modelo de luxo era importado apenas sob encomenda especial dos clientes.

Fordlândia

Na década de 30 a Ford viveu outra iniciativa histórica, com a construção da Fordlândia, uma cidade em meio à selva amazônica. Localizada no interior do Pará, às margens do Rio Tapajós, ela ficava a 180 km de Santarém, a cidade mais próxima. Foi uma experiência de Henry Ford para desenvolver a plantação racional de seringueiras e a produção de borracha para a fabricação de pneus, fugindo da dependência das fontes de produção do Oriente, até então monopólio dos britânicos.

Como resultado do chamado “Acordo de Washington”, a Ford instalou no local, com 10.000 km2, uma vila tipicamente americana, onde foram investidos mais de US$ 2 milhões. Cerca de 5 mil pessoas de vários estados brasileiros e mais de 20 países trabalharam na obra.

Em seis anos, de 1928 a 1933, foram plantadas mais de 1,9 milhão de seringueiras, além da construção de 225 casas, uma usina elétrica, hidrantes nas ruas, a mais moderna serraria construída até então na América do Sul, uma fábrica de gelo, o melhor hospital do Pará, serviços de água e esgoto, câmaras frigoríficas para armazenar alimentos, oficinas mecânicas, escolas, máquinas de crepagem de borracha e centrifugadores. Para a alimentação dos 1.500 habitantes de Fordlândia, cerca de 300 bois eram abatidos mensalmente.

Em 1930, porém, uma grave epidemia provocada pelo fungo Dothidella ulei inutilizou os seringais. Por isso, em 1934 a Ford trocou parte de suas terras por outra área, chamada Belterra, com 281,5 mil hectares, a 60 km de Santarém, onde plantou mais de 3,2 milhões de seringueiras e aplicou mais US$8 milhões.

Novamente a doença das plantas atacou os seringais, além da descoberta de que o Rio Tapajós era navegável apenas na época da alta das águas, o que só ocorria em três meses do ano. Era grande a dificuldade para a chegada de alimentos e materiais necessários ao trabalho e transporte de matéria-prima. Havia, ainda, as enfermidades provocadas pela vida na selva. 

Quando a crise da Segunda Guerra Mundial abalou o mundo, a Ford decidiu acabar com o empreendimento e devolveu a área ao governo federal pela quantia simbólica de US$ 5 mil, com todas as terras e melhoramentos.

A Segunda Guerra Mundial, terminada em 1945, também trouxe reflexos negativos para o Brasil. A Ford americana voltou toda a sua capacidade de produção para os veículos militares, inclusive aviões bombardeiros e de transporte, e interrompeu toda a exportação de automóveis e caminhões, o que provocou grande retração nas suas subsidiárias. Com isso, a Ford brasileira passou a montar exclusivamente caminhões militares para o Exército, atendendo a um pedido específico do governo.

Nos Estados Unidos, a Ford suspendeu a produção comercial em 1942 e retomou as atividades normais em 1946, sob a direção de Henry Ford II, neto do fundador, que promoveu uma revolução no estilo e na mecânica dos carros da marca. Essas inovações também chegaram aos consumidores brasileiros nos novos modelos que começaram a ser montados no país, como o Ford 1949.

Produção nacional

Com o fim da guerra, o Brasil entrou numa fase de desenvolvimento comercial e industrial. A Ford aprovou novos investimentos para a construção de uma moderna unidade industrial no bairro do Ipiranga.

Depois de três anos de trabalho intenso, a Ford inaugurou em 1953 o Complexo Industrial do Ipiranga, instalado em uma área de 200 mil metros quadrados com dez edifícios e cerca de 2.000 km de linhas férreas internas. Mais de 2.500 empregados foram contratados para a produção diária de 125 veículos. Com a construção do novo complexo, a Ford também incentivou a fabricação de componentes e peças no Brasil, passo decisivo para a produção do veículo genuinamente nacional.

A construção começou em 1949, ocupando dois lotes de terreno – o primeiro, com 60.000 metros quadrados, adquirido em 1927, e o segundo com 140.000 metros quadrados adquirido em 1936.

No dia 26 de agosto de 1957 saiu da linha de montagem do Ipiranga o primeiro Ford brasileiro, um caminhão F-600 de 6 toneladas com motor V8 a gasolina de 167 hp, válvulas no cabeçote, cilindrada de 4.458 cm3, distância entre-eixos de 4.456 mm e peso em ordem de marcha de 2.500 kg. O F-600 brasileiro tinha, então, um índice de 40% de nacionalização em peso, rapidamente superado na medida em que a marca desenvolveu novos fornecedores de peças e componentes produzidos no país.

Na mesma linha foi montada a primeira picape nacional, a F-100. Na produção dos dois modelos foi feito um investimento de US$ 24 milhões em maquinaria e equipamentos importados, apoiado pelo GEIA – Grupo Executivo da Indústria Automobilística, dentro do plano de metas do presidente Juscelino Kubitschek. Um investimento adicional de mais de um 1,4 bilhão de cruzeiros foi aplicado em terrenos, edifícios e equipamentos adquiridos no próprio país.

Em seu primeiro ano de operação, a nova fábrica produziu 5.973 unidades dos modelos F-100 e F-600 a gasolina. Outros modelos, como o F-350 e F-600 Diesel, chegaram logo depois às ruas brasileiras, servindo ao comércio, indústria e agricultura.

Ao mesmo tempo, em 1958, era construída a Fábrica Ford de Motores no Ipiranga, concluída em apenas 12 meses, e a Fundição Ford em Osasco, SP, dotada dos primeiros fornos elétricos de indução da América do Sul. Inaugurada em 21 de novembro de 1958, a fundição tornou-se, na época, a maior fonte de recursos para a produção de ferramentas de estamparia, fabricando peças fundidas tanto para os veículos Ford quanto de outras empresas.

Expansão da linha

Em 1960, a fábrica da Ford no lpiranga comemorou a produção do 30.000º caminhão Ford nacional. A indústria automotiva continuou a ganhar relevância, com a presença também na agricultura nacional e o início de produção do primeiro trator brasileiro, o modelo 8BR Diesel, impulsionando a mecanização do campo no Brasil.

O lançamento dos caminhões Super Ford, com nova cabine de quatro faróis, pedais suspensos, estribos embutidos e sistema de ventilação interna melhorada, fez a Ford reforçar sua liderança de vendas no mercado.

O ano de 1962 marcou o oitavo recorde consecutivo de vendas da marca, com 21.621 caminhões no Brasil, equivalente a 44% do mercado. Em fevereiro de 1964, a Ford comemorou a produção do 100.000º caminhão no Brasil, um F-600, com um índice de 99% de nacionalização.

Em 2 abril de 1967, a Ford revolucionou completamente o conceito de automóvel nacional com o lançamento do Galaxie 500, o primeiro carro brasileiro de luxo. Em outubro do mesmo ano, a Ford adquiriu o controle acionário da Willys Overland do Brasil e ampliou suas operações no país.

Foi quando houve a incorporação do Complexo Industrial de São Bernardo do Campo – que produzia o Aero Willys, o Itamaraty, o Jeep Universal e o utilitário Rural –, a Fundição de Taubaté, no Estado de São Paulo, e a linha de montagem de Jaboatão, a 19 km de Recife, em Pernambuco.

Em setembro de 1968, a Ford apresentou o Corcel, sedã de quatro portas que inaugurou o segmento de carros médios no mercado brasileiro e se tornaria um novo sucesso de vendas. Com motor 1.3, tração dianteira e amplo espaço na cabine e no porta-malas, o Corcel representava uma nova opção para o consumidor. Como novidades técnicas, popularizou o sistema de radiador selado e freios a disco dianteiros no país.

Em 15 de janeiro de 1969, a nacionalizando a Ford Motor do Brasil S.A. foi oficializada no Brasil e a empresa elevou seu capital de cerca de 90 milhões de cruzeiros novos para 170 milhões. Em abril, foi feito o lançamento do Ford Corcel cupê, eleito “Carro do Ano”.

Em julho, foi lançado o Corcel GT. No mesmo mês, a Iinha de montagem de Jaboatão, em Pernambuco, comemorou seu terceiro aniversário, produzindo 560 utilitários por mês. Em agosto, o Ford Corcel atingiu a venda de 24.250 unidades, igualando o recorde do Modelo T em 1925. Em outubro, a Ford Motor do Brasil S.A. foi incorporada pela WiIlys Overland do Brasil S.A. e a união das empresas recebeu a razão social de Ford-Willys do Brasil S.A.

Choque do petróleo

Em 1970, a linha Corcel ganhou a versão perua, Belina, e teve sua produção ampliada com a montagem de 250 unidades diárias em dois turnos. Em 12 de junho, a Ford-Willys do Brasil S.A. ampliou seu capital de 274 milhões para 358 milhões de cruzeiros.

Para ampliar a linha de montagem do Corcel, a produção dos utilitários Jeep, F-75 e Rural foi transferida para a fábrica do lpiranga. Em maio, a nova linha de caminhões Ford chegou ao mercado com profundas modificações de estilo e mecânica.

Em 1972, a Ford-Willys anunciou oficialmente em 3 de março seus planos de expansão no BrasiI com a fabricação do Maverick e a construção do novo complexo industrial de Taubaté, incluindo uma fábrica de motores e uma nova fundição.

O sucesso do Corcel II no Brasil abriu também novas perspectivas para suas vendas no exterior. Em agosto de 1979, foram embarcadas as primeiras 50 unidades para o Chile. Além do Corcel II, a Ford exportava nessa época caminhões e utilitários para diversos países da América Latina e do Caribe, além de motores e peças automotivas e componentes eletrônicos Philco.

O primeiro choque do petróleo, em 1973, decretou o fim da gasolina barata no mundo e teve um grande impacto na indústria automotiva. Como resposta ao movimento, a Ford apresentou em 1979 seu primeiro veículo movido exclusivamente a álcool, o Corcel II, e a picape F-1000 a Diesel.

O segundo choque do petróleo, em 1979, e a elevação dos juros internacionais fizeram explodir a dívida externa brasileira, impulsionando de vez o uso do álcool como combustível veicular no Brasil. A Ford liderou o ingresso da indústria nessa nova fase com um programa específico de engenharia, desenvolvendo as mudanças necessárias em seus motores para o uso do álcool, principalmente nos motores 1.6 que equipavam o Corcel II, seu principal produto na época.

Combustível vegetal

Os anos 80 foram marcados pela recessão econômica e planos do governo federal com o propósito de controlar a inflação, que chegou a 300% ao ano. Como toda a economia, a indústria automotiva foi fortemente impactada por esse cenário de perda de poder aquisitivo dos consumidores. Mas a evolução técnica não parou e teve como um dos destaques o desenvolvimento do álcool como combustível alternativo ao petróleo.

A Ford começou a década superando a meta de US$ 1 bilhão em exportações e o presidente da empresa, Philip Caldwell, anunciou um plano de investimento de mais US$ 500 milhões na operação brasileira até 1984.

Em 25 de novembro de 1986, a Ford e a Volkswagen anunciaram o acordo que deu origem à Autolatina e passaram a operar dentro da holding, com compartilhamento da estrutura automotiva e financeira no Brasil e na Argentina.

Em 1989, ano em que a Ford comemorou o marco de produção de 400.000 Escorts, foi lançado o Verona duas portas, primeiro carro brasileiro produzido com o sistema de plataforma comum (compartilhada com o VW Voyage).

Abertura e globalização

No início dos anos 90, a abertura às importações e a redução do imposto sobre produtos industrializados (IPI) para motores de até 1 litro, que deu origem ao chamado “carro popular”, produziram grandes mudanças no mercado automotivo brasileiro. Ao mesmo tempo, a formação do Mercosul motivou a Ford e outras marcas a adotar a estratégia de complementação dos veículos fabricados nesses países.

Em 1991, ano em que comemorou o marco de produção de 4 milhões de veículos no Brasil, a Ford lançou o Versailles e a perua Royale. Em 1992, a marca apresentou o novo Escort e passou a equipar toda a sua linha com catalisador para redução de emissões. Lançou também a picape F-1000 com design similar à F-150 americana e os novos caminhões da Série F. Nesse ano, a Ford Brasil ficou em oitavo lugar entre as filiais da empresa no mundo.

Em 1994, a chegada da internet no Brasil e o início do Plano Real estabilizou a economia e introduziu o real como nova moeda, o que levou a Ford ao lançamento de três modelos importados: o sedã Taurus e a picape Ranger (ambos dos EUA) e o sedã Mondeo (da Bélgica).

No começo de 1995 a Ford encerrou a sociedade com a Volkswagen na Autolatina e integrou-se ao plano de globalização da marca. Em fevereiro de 1995, iniciou a venda do Fiesta, hatch compacto importado da Espanha, com motor 1.3 L. Outra novidade foi o Verona 2.0i S, versão esportiva do sedã destinada ao público jovem.

Em março, o presidente da Ford, Alex Trotman, visitou o Brasil e apresentou ao presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, o plano de investimento de US$2,5 bilhões da empresa para o período de 1995 a 1999, um dos maiores da sua história no país. A maior parte desse investimento (US$ 800 milhões) se destinou à produção do Fiesta no Brasil.

Em 1997 a Ford lançou o Ka, que inaugurou o segmento dos subcompactos no Brasil, e a picape Courier, derivada do Fiesta, ambos produzidos na fábrica de São Bernardo. Introduziu também a perua Escort, fabricada na Argentina.

Projeto Amazon

Em 2000 a Ford lançou no Brasil o Focus, modelo médio global que se tornou um dos maiores colecionadores de prêmios da indústria. Concebido dentro do estilo de design “New Edge” da Ford, ele trouxe uma série de avanços em termos de engenharia, dinâmica e conforto, nas versões hatch e sedã, com os motores Zetec RoCam 1.8 e 2.0. 

Em 2001, em mais uma ação pioneira, a marca inaugurou o Complexo Industrial Ford Nordeste, em Camaçari, na Bahia, a primeira fábrica de automóveis de alto volume no Nordeste brasileiro, com um investimento de US$ 1,9 bilhão. Além de técnicas avançadas de conservação ambiental, a unidade adotou um conceito inovador de montagem modular sequenciada, com os fornecedores sistemistas atuando diretamente na linha, sob o mesmo teto.

Outro marco foi a inauguração da Fábrica de Caminhões em São Bernardo do Campo (SP), transferida das antigas instalações da Fábrica do Ipiranga, levando a montagem modular e flexível para veículos comerciais. No mesmo ano, o Fiesta Street Sedan, importado do México, tornou-se a primeira investida da marca no segmento de sedãs compactos de entrada, com foco no custo-benefício, e foi lançado o caminhão estradeiro Cargo 1630.

Em 2002, o Novo Fiesta, primeiro veículo da chamada família Amazon, produzido em Camaçari, que inovou o segmento de veículos compactos, com um projeto avançado de design e engenharia.

No ano seguinte, com o lançamento do EcoSport, primeiro utilitário esportivo compacto brasileiro, a Ford inaugurou uma nova tendência no mercado. O modelo tornou-se um fenômeno de vendas e referência do segmento. Em 2003, com o lançamento do EcoSport, primeiro utilitário esportivo compacto brasileiro, a Ford inaugurou uma nova tendência no mercado. Além de conquistar todos os prêmios da indústria, o modelo tornou-se um fenômeno de vendas e referência do segmento.

A Ford anunciou um novo programa de investimentos no Brasil, de R$ 4,5 bilhões no período de 2011 a 2015, incluindo a renovação de fábricas e desenvolvimento de produtos em meio a mudanças climáticas.

Em 2010 a Ford lançou no Brasil o New Fiesta Sedan de sexta geração global, importado do México para o segmento de compactos premium. O Fusion Hybrid, primeiro carro com tecnologia híbrida total do mercado brasileiro, também produzido no México, foi outra grande inovação. Combinando motores a combustão e elétrico, assumiu o posto de modelo com maior eficiência energética do país.

Em 2012, a fábrica de Taubaté comemorou a produção de 3 milhões de motores Zetec Rocam. Em 2013, foi iniciada a produção do New Fiesta no ABC paulista, compacto global com design e tecnologias avançadas. Entre outras novidades, foi o primeiro da categoria a oferecer assistente de partida em rampa.

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