Pedestre enfrenta frio intenso na região da Luz, na zona central da cidade de São Paulo
WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO-18/05/2022A onda de frio trazida pela massa de ar polar, que fez despencar a temperatura nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, provocou o aumento das vendas de roupas, equipamentos e acessórios de inverno. Segundo levantamento do Mercado Livre, entre os dias 9 e 18 de maio, botas, coturnos, jaquetas e casacos estão entre os dez itens mais buscados.
A empresa avalia que, desde que as informações sobre o frio intenso previsto para esta semana foram diviulgadas, os consumidores passaram a buscar itens para se proteger da baixa temperatura.
Outro destaque no comportamento do consumidor apontado pelo levantamento é que, desde o anúncio da frente fria, entre as dez buscas que mais cresceram em relação à semana anterior estão cacharel, touca, moletom, cardigan e blusa xadrez.
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Na cidade de São Paulo, os termômetros marcaram nesta quarta-feira (18) a mínima de 6,6°C segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a temperatura mais baixa para o mês de maio em 32 anos.
A busca para se proteger do frio intenso também foi registrada nos shoppings. "Nossas lojas registraram aumento de aproximadamente 18% nas vendas de casacos e artigos de alto inverno desde o final de semana até esta quarta-feira", afirma Humberto Moreira, superintendente do Cantareira Norte Shopping, que fica na zona norte de São Paulo.
Para o economista Ulisses Ruiz de Gamboa, da Associação Comercial de São Paulo, o frio tende a beneficiar o segmento de varejo de tecidos, vestuário e calçados. "Isso pode ser um alento no momento que esse setor já está mostrando uma recuperação com o fim das restrições da mobilidade social. O clima vai favorecer um dos segmentos que mais sofreram com a pandemia de Covid-19", afimra Gamboa.
Já o setor de bebidas e alimentação, que também costuma aumentar com a baixa temperatura, neste ano enfrenta maior impacto com os aumentos dos preços. O economista explica que o segmento de tecidos, vestuário e calçados é o que mais se recupera e registrou em março aumento de 31,3% em relação ao mesmo período de 2021. "O frio deve intensificar essa recuperação", avalia.