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Seu emprego vai ser substituído pelo ChatGPT? Especialistas explicam

Inteligência artificial tem gerado preocupação no mercado de trabalho do mundo inteiro

Economia|Johnny Negreiros, do R7*

Cientistas assinaram pedido de suspensão das pesquisas em IA por seis meses
Cientistas assinaram pedido de suspensão das pesquisas em IA por seis meses Cientistas assinaram pedido de suspensão das pesquisas em IA por seis meses

O ChatGPT já impacta o mercado de trabalho, não só no Brasil. Notícias mostram que certas profissões utilizam a ferramenta no dia a dia. Porém, nesse contexto, surge a preocupação de que a inteligência artificial (IA) possa substituir e automatizar postos de trabalho.

ENTENDA AQUI O QUE É O CHATGPT

Os especialistas ouvidos pelo R7 foram unânimes ao afirmar que as profissões manuais com rotinas repetitivas serão substituídas. Um exemplo são os contadores e os auditores financeiros.

“A primeira que eu citaria seria auditoria, a função do auditor, que segue uma cartilha [de trabalho]”, disse Alexandre Trinhain, engenheiro especialista em propriedade intelectual.

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Ele também afirma que os seguintes cargos serão substituídos pela inteligência artificial: o jornalista “corriqueiro, com baixo nível investigativo”, o matemático, o engenheiro que atua com dimensionamento de obras, o redator de patente e o tradutor.

O próprio ChatGPT tem “visão” semelhante. Isso porque, quando questionada, a ferramenta listou dez profissões com “trabalho repetitivo ou corriqueiro”, nas palavras do próprio robô, que serão substituídas pela IA. São elas:

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• operadores de telemarketing e atendimento ao cliente;

• motoristas de caminhão e entregadores;

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• caixas de supermercado e atendentes de lojas;

• escriturários e assistentes administrativos;

• advogados e outros profissionais jurídicos;

• contadores e auditores;

• analistas de dados e estatísticos;

• profissionais de marketing e publicidade;

• jornalistas e escritores; e

• profissionais de recursos humanos.

Por sua vez, Ricardo Kahn, consultor em inovação, tem ressalvas. Para ele, os postos citados pelo ChatGPT já foram relacionados no passado como cargos ameaçados pela tecnologia. Porém, eles continuam existindo.

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“A verdade é que a gente não sabe [quais profissões serão substituídas]. Eu diria que isso tudo é complexo. São coisas que parecem inteligentes para falar hoje, mas a realidade é que a gente não tem muita noção disso”, afirmou ele.

Vale lembrar que, em março, cientistas e Elon Musk assinaram pedido de suspensão das pesquisas em IA por seis meses. A ideia é dar tempo aos governos e à economia global para que se preparem para enfrentar as mudanças.

Como se prevenir

Dessa forma, uma dúvida que surge é como o empregado pode tentar se prevenir dessas alterações no mercado.

Os especialistas concordam que o trabalhador precisa sempre buscar estar atualizado. No entanto, lembram que não é possível competir com as máquinas.

“A primeira coisa a fazer é não tentar competir. Você não vai conseguir correr do lado de um carro, entende? O carro anda muito mais rápido que você, é impossível competir”, declarou Walmir Torrente, programador autodidata e presidente-executivo da Bit One.

Segundo ele, o colaborador precisa pensar em como usar o ChatGPT a seu favor. Ou seja, fazer algo que a ferramenta não é capaz, com o auxílio da IA. O especialista usa o exemplo do médico.

“Você chega e conta a ele o seu problema. E ele então pede exames a você. Essa parte básica da consulta está resolvida com a inteligência artificial, de uma forma geral. Aí o médico fala: ‘O que a IA não tem?’. Experiência. Experiência de vida, de olhar nos olhos das pessoas, de entender, porque às vezes o problema de saúde não é exato”, explicou Torrente.

De forma semelhante, Alexandre Trinhain diz que os trabalhadores precisam entender “as limitações do ChatGPT, o que ele não faz”.

[O empregado precisa] explorar esse diferencial que a ferramenta ainda não tem e estudar em cima dessa diferença.

(Alexandre Trinhain, engenheiro especialista em propriedade intelectual)

Porém, essa "diferença" tende a acabar, à medida que a IA vai se aprimorando. Por outro lado, isso faz com que o trabalhador possa saber antecipadamente o que o ChatGPT não é capaz de fazer.

Assim, de acordo com o especialista, o funcionário precisa tentar estar um nível à frente da ferramenta, daqui em diante.

* Estagiário do R7, sob supervisão de Ana Vinhas

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