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'Tudo o que eu falo é tirado de contexto', lamenta Paulo Guedes

Ministro da Economia rebateu fala de que “odeia os pobres” e disse que críticas são tentativas de “criar e fomentar o ódio”

Economia|Do R7

Paulo Guedes explicou falas polêmicas na Câmara
Paulo Guedes explicou falas polêmicas na Câmara Paulo Guedes explicou falas polêmicas na Câmara

O ministro da Economia, Paulo Guedes, comentou nesta quarta-feira (7) algumas de suas declarações polêmicas recentes, como a de que "até empregada estava indo à Disney" ao defender uma cotação mais elevada do dólar.

"Tudo o que eu falo é tirado de contexto. A mentira e a tentativa de criar e fomentar o ódio é algo que realmente me surpreende", afirmou durante participação em audiência pública na Câmara dos Deputados.

"Eu estava dando exemplo de que as pessoas levam uma porção de gente para trabalhar lá fora. Hoje, com o dólar a R$ 5, famílias humildes estão se beneficiando, porque as famílias ricas, ao invés de irem para a Disneylândia, estão viajando pelo Brasil, beneficiando o turismo local", apontou ao explicar a declaração polêmica.

Recentemente, Guedes também criticou o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) ao dizer que o programa "bancou filho de porteiro" nas universidades. Em outra fala polêmica, ele defendeu que sobras de restaurantes sejam destinadas a mendigos e pessoas fragilizadas.

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As citações do ministro foram lembradas pelo deputado André Janones (Avante-MG), que cobrou explicações e um pedido de desculpas de Guedes na audiência. "O povo brasileiro tem nojo da sua cara, ministro. Isso é proporcional ao ódio que vossa excelência tem deles", esbravejou.

Em sua fala, Guedes rebateu o deputado. "É surpreendente que a quantidade de ódio que ele destila por alguém que também teve origens humildes", disse, sem citar nominalmente o parlamentar, que já havia se ausentado da sessão.

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Fies

Sobre a fala a respeito do Fies, Guedes disse que estava criticando diretamente uma faculdade "caça-níqueis" ao citar o exemplo do porteiro. "Eles enviaram uma carta parabenizando o rapaz por ter tirado zero e dizendo que ele estava aprovado", recordou ao citar o que diz ser o exemplo pessoal de um porteiro de seu prédio.

Ele reforça que o programa deveria ser substituído por uma bolsa para beneficiar os mais pobres. "Você pega um jovem que veio da periferia, com um ensino básico precário, e endivida ele? Primeiro que ele já não consegue um emprego e, segundo, ele já está devendo uma fortuna", avalia Guedes.

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Sobras limpas

Ele também explicou a fala sobre a doação de alimentos aos mais pobres e disse que a defesa foi a favor do que chamou de "sobras limpas". "Não é sobra de prato. Ninguém tocou na comida. È tudo comida limpinha", garantiu.

"O restaurante preparou aquela comida toda, foi usado durante o dia uma parte ficou limpa, pronta para ser consumida. Se chegasse mais um cliente e pedisse, ele era atendido com aquela comida", completou.

Com o retorno de Janones à sessão, Guedes disse que o procuraria para esclarecer o mal-entendido. "Nós estamos do mesmo lado, defendendo uma melhoria da qualidade de vida”, garantiu.

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