Guedes acusa oposição de praticar 'negacionismo' econômico
Ministro da Economia disse que críticas às ações do governo partem de grupos que passaram pelo poder no passado
Economia|Do R7
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira (7) que a oposição faz uso do que classificou com “negacionismo” ao criticar as ações desenvolvidas pelo governo na área econômica.
"O mesmo negacionismo que a oposição acusa do governo de fazer na área da saúde é o que ela faz na economia", afirmou o ministro ao citar pautas que foram destravadas pela gestão do presidente Jair Bolsonaro.
Entre as medidas que provocaram uma reação adversa, Guedes cita a independência do Banco Centra, a cessão onerosa e o acordo entre o Mercosul e União Europeia. “Nós aprovamos e dizem que o governo não faz nada”, lamentou.
Guedes ressaltou ainda que a maior parte das críticas partem de pessoas que estiveram no poder em governos anteriores. "Temos economistas negacionistas também. Não conseguiram fazer o Banco Central independente e dizem que não fizemos. Não conseguiram fazer a lei de saneamento e dizem que não fizemos", completou.
"Por que não abriram o país? Por que não reduziram os impostos? Por que não liberaram o gás, saneamento, cabotagem e ferrovias para os ingressos de investimentos aumentarem?", questionou para reafirmar sua posição.
Ele ainda recordou que o Plano Real, o "mais monetarista da história", foi desenvolvido pelo mesmo grupo que antes "negava o poder da política monetária" como forma de conter a inflação. "Foram bem-sucedidos, todos viraram banqueiros depois. Essa é a virtude da democracia: mesmo o cara que está errado aprende e acaba fazendo o certo."
Guedes ressalta conhecer as críticas e disse que elas partem dos mesmos que previam uma queda de quase 10% da economia para 2020. "Eu estou habituado a esse tipo de debate e sei, inclusive, da capacidade de cada um, até aonde ele está fazendo política e até aonde estão á usando realmente o conhecimento econômico", pontuou.
O ministro ainda suplicou para que permitam que Bolsonaro termine o primeiro mandato. “Eu quero acreditar que a democracia brasileira nos permita ter um governo de quatro anos. Depois de 30 anos de centro-esquerda, será que não podemos ter quatro anos de centro-direita?”, questionou ele ao cobrar "respeito" pelo presidente.