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Educação
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Cursos de verão em universidades de ponta levam brasileiros para os EUA

Estudantes do ensino médio gastam de US$ 11 mil a US$ 3.900 nos programas 

Educação|Maria Carolina de Ré, do R7

Para ficar duas semanas em Yale, o aluno gastará cerca de US$ 5,200 quantia que já leva em conta alimentação e acomodação
Para ficar duas semanas em Yale, o aluno gastará cerca de US$ 5,200 quantia que já leva em conta alimentação e acomodação

A internacionalização das principais universidades do mundo, entre elas instituições consagradas como Harvard, Yale, Notre Dame e Columbia, tem incentivado alunos do ensino médio do Brasil a viajarem no meio do ano para os EUA em busca de cursos livres (conhecidos como programas de verão porque acontecem nessa estação do ano no hemisfério Norte).

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Para viver uma experiência desse tipo em Harvard é necessário pagar pouco mais de US$ 11 mil, valor que inclui taxa de matrícula em dois cursos de quatro créditos ou um de oito créditos, alojamento, alimentação e seguro-saúde.

O aluno interessado em passar duas semanas em Yale gastará cerca de US$ 5.000, quantia que já leva em conta as despesas de alimentação e acomodação.

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Em Columbia os preços variam de acordo com o número de créditos de cada disciplina, mas o site da instituição informa um custo médio de US$ 5.500, mais taxa de matrícula.

Na Universidade de Notre Dame, o investimento é de US$ 3.900, montante que cobre o curso, moradia, alimentação, atividades extras, seguro-saúde e traslado de chegada e ida para o aeroporto Internacional de Chicago.

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Marta Bidoli Fernandes, supervisora da Alumnii - Education USA, organização mantida pelo governo americano para promover seu sistema de educação, explica que os cursos de verão servem como um primeiro contato com o mundo acadêmico e são uma boa forma de os estrangeiros descobrirem como é a vida universitária naquele país.

— Apesar de não ser uma vantagem absoluta para quem pretende fazer faculdade nos EUA, ter feito um programa desses pode ser um ponto positivo se os alunos tiverem bons resultados.

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Universidades

Com a missão de promover um ambiente de aprendizagem imersiva, o programa de Yale aborda de maneira interdisciplinar questões globais relacionadas à política, direito, economia, segurança, assuntos internacionais, ciências e inovação.

Erin Schutte, vice-diretor do YYGS (em português, Programa para Jovens Estudantes Globais de Yale), conta que em 2014 cerca de 600 alunos de 80 países participaram das atividades. 

— O processo de seleção é muito rigoroso. Queremos oferecer a melhor oportunidade para os melhores estudantes, que são desafiados a ir além de suas zonas de conforto.

Os selecionados têm aulas na faculdade, assistem a palestras, seminários, workshops, vivem no campus, comem no refeitório e estudam nas bibliotecas.

— Tentamos mostrar como é a vida em Yale.

O iLED (em português curso internacional de Liderança, Enriquecimento e Desenvolvimento), da Universidade de Notre Dame, é ministrado em duas semanas e oferece as mesmas experiências que Yale, e atividades práticas com foco em liderança internacional nas áreas de ciências, engenharia, administração, humanidades, ciências sociais, artes e arquitetura.

Thaïs Burmeister Pires, representante da instituição no Brasil, conta que a Notre Dame também organiza visitas a algumas empresas como a South Bend Chocolate Company e o Banco Central de Chicago, além de viagens até a cidade de Chicago.

— Para ser admitido, o aluno tem que ter um bom desempenho acadêmico demonstrado pelo histórico escolar, nível intermediário de inglês (equivalente à pontuação de 80 no TOEFL ou outros testes ou entrevistas) motivação, maturidade emocional e facilidade de adaptação a novos ambientes.

Procurada pelo R7, a Universidade de Harvard informou que disponibiliza todos os detalhes sobre seus cursos de verão para alunos do ensino médio em seu portal.

Experiências

A estudante Jéssica Furtado, de 17 anos, fez um curso de verão na Universidade de Columbia em julho deste ano. Sua experiência durou três semanas e ela gastou com o curso, hospedagem e comida cerca de US$ 7.000. As passagens aéreas foram compradas separadamente.

— Fiquei sabendo das atividades de verão em uma palestra na minha escola e decidi fazer um curso de escrita criativa. Foi uma experiência maravilhosa. Aprendi muito sobre diferentes aspectos da arte e da cultura mundial e, como tive que me virar sozinha para me locomover e fazer as coisas, a experiência pessoal também foi enriquecedora.

Jéssica pretende fazer faculdade no exterior e contou ao R7 que já iniciou seu processo de aplicação. Ela pretende entrar em Columbia, mas também vai tentar outras faculdades americanas.

Outro brasileiro que teve uma experiência em cursos de verão nos EUA é Abidan Silva, de 17 anos, que ganhou uma bolsa para Harvard.

Aluno de uma escola pública, ele conseguiu a ajuda após aprovação no processo seletivo do Ismart, uma instituição sem fins lucrativos que concede bolsas de estudo integrais para brasileiros de baixa renda.

Quando fazer?

É possível realizar esse tipo de atividade em qualquer período do ensino médio. A viagem é feita geralmente no meio do ano porque a maioria das universidades norte-americanas promove cursos livres para estrangeiros em julho, quando seus alunos regulares estão em férias.

Uma boa recomendação para os interessados é verificar com antecedência os prazos para inscrição, que começam em novembro do ano anterior ao do programa, bem como a necessidade de apresentar alguma comprovação do nível de proficiência em inglês, como o Toefl (Teste de Inglês como Língua Estrangeira).

Fique ligado

Marta, da Alumnii, lembra que existem muitas atividades de verão nas universidades dos EUA, por isso é bom conferir se o programa escolhido é voltado para o público do ensino médio, pois há também turmas para alunos de graduação.

— Existem diferentes tipos de programa, com diferentes focos. Algumas faculdades permitem que alunos escolham quaisquer matérias que têm interesse em fazer, em outras existem programas com focos específicos, como liderança, física ou história. 

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