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Enem: justiça deve ser último recurso para questionar nota

Advogado orienta buscar primeiro os canais de atendimento disponibilizados aos candidatos antes de uma ação judicial

Educação|Pablo Marques, do R7

Advocacia-Geral da União contabiliza 41 ações questionando correção do Enem 2019
Advocacia-Geral da União contabiliza 41 ações questionando correção do Enem 2019 Advocacia-Geral da União contabiliza 41 ações questionando correção do Enem 2019

Estudantes que disputam uma vaga no ensino superior público ou privado e ainda se sentem prejudicados por problemas na correção do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ou pela suspensão das inscrições do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) e do ProUni (Programa Universidade para Todos) podem recorrer à justiça, mas em último caso. 

Leia também: Lista de aprovados do Sisu já pode ser consultada

Desde o dia 17 de janeiro, data de liberação das notas do Enem 2019, até a última terça-feira (28), 41 ações judiciais questionam a correção do exame, de acordo com dados divulgados pela AGU (Advocacia-Geral da União).

Antes de contratar um advogado para entrar na justiça, é aconselhável esgotar todas as tentativas de resolver a situação por canais de atendimento ao candidato.

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"É muito importante que os alunos procurem resolver primeiro na esfera administrativa. Existem processos internos que servem para garantir que os assuntos estão sendo tratados de modo transparente e documentado", orienta Saulo Alle, especialista em direito civil do Peixoto & Cury Advogados.

O advogado explica que justiça deve ser acionado somente se as respostas e as correções apontadas não forem esclarecedoras ao candidato. "A incapacidade do Estado de apresentar transparência no processo e na justificativa das correções necessárias deve motivar o acesso ao judiciário", completa.

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A orientação para o estudante que desejar abrir um processo é reunir o maior número de provas que conseguir, como prints da tela do computador, protocolos de atendimento e comprovantes de inscrição ou de matrícula.

"É importante deixar claro que a função do judiciário não é decidir sobre a aprovação ou a reprovação de um candidato, mas garantir a transparência e a regularidade do processo de seleção como um todo", afirma o advogado.

Abrir um processo pode não ser algo barato e uma alternativa aos estudantes é recorrer à Defensoria Pública. Os pontos de atendimento podem ser consultados na página oficial de serviço em cada estado. 

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