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Redação Interativa: SUS - apesar dos problemas, por que devemos defendê-lo?

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SUS - apesar dos problemas, por que devemos defendê-lo?
SUS - apesar dos problemas, por que devemos defendê-lo? SUS - apesar dos problemas, por que devemos defendê-lo?

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema SUS: APESAR DOS PROBLEMAS, POR QUE DEVEMOS DEFENDÊ-LO? apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO

• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.

• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.

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• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:

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• Tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.

• Fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.

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• Apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

REDAÇÃO TEXTO 1:

Devemos defender e nos orgulhar da existência do Sistema Único de Saúde

Maria do Rosário

16 DE OUTUBRO DE 2019

Entender o que está ocorrendo com o SUS e lutar para impedir que sua destruição seja feita por falta de dinheiro é uma questão de cidadaniaUm estudo realizado pelo instituto francês Ipsos sobre as maiores preocupações de populaçõesde 28 países de todo o mundo mostrou que nos brasileiros a saúde está entre as principais fontes de ansiedade (46%), disputando com a violência e a sensação de insegurança (47%).

Segundo o Ipsos, enquanto em média 25% da população dos países pesquisados se preocupam com a atenção à saúde, no Brasil é quase o dobro. E, a depender da intenção do governo de retirar uma enorme fatia do orçamento destinado à saúde, certamente se tornará não só preocupação, mas pesadelo. Hipoteticamente, deixarão de ser instaladas 68 Unidades Básicas de Saúde (UBS) em cada um dos 5560 municípios brasileiros, se considerados os valores de referência do Ministério da Saúde de 2017.

O corte que o governo pretende aplicar, retirando 9,46 bilhões de reais do Orçamento se ancora na Emenda Constitucional 95, bem conhecida como a PEC da Morte. Ao delimitar um teto de “gastos”, e sem considerar o aumento da população, reduzirá dos já insuficientes 132,2 bilhões previstos para 2020 para 122,9 bilhões. Confirmado à imprensa pela Secretaria do Orçamento Federal, o corte ainda não chegou à Câmara dos Deputados. Mas prevemos que assim como houve impactos com os cortes de 2017/18 e 2018/19, os atuais, se concretizados, aumentam a lista das perdas ocorridas nesse período e que se agravaram no atual governo.

Diante desta notícia, as pessoas que pagam ou usufruem de algum plano de saúde privado podem ter uma sensação de alívio. Mas, para sua tristeza, elas também serão atingidas. Entre os maiores sistemas de saúde pública e universal do mundo, o SUS presta serviços não só em forma de consultas e exames. É o organismo público que fornece as vacinas, fiscaliza alimentos, certifica medicamentos, mantém atendimento de urgência e emergência, realiza transplantes, atravessa florestas e rios para levar o atendimento às populações mais distantes.

Além disso, mantém abertos hospitais 24 horas por dia e realiza procedimentos assegurados por lei, como o tratamento de câncer, HIV, reabilitação, e outros. Está disponível a todas as pessoas, mesmo com filas, atrasos e todas as complicações que são conhecidas dos brasileiros e brasileiras.

Como diz o conhecido médico Dráuzio Varela, “o Brasil é o único país com mais de 100 milhões de habitantes a levar medicina gratuita para toda a população”. O médico complementa que a Estratégia Saúde da Família, hoje tão atacada como sabemos, e que tem agentes comunitários em equipes multiprofissionais que atendendo de casa em casa dois terços dos habitantes, “é citado pelos técnicos da Organização Mundial da Saúde como um dos importantes do mundo”.

Daí porque as razões para as preocupações com a saúde mudaram depois de 2016. Até a data os dados anuais do Latinobarômetro apontavam que a manutenção da saúde era uma preocupação importante dos brasileiros, que reclamavam e continuamreclamando do acesso e da qualidade. Hoje, novos problemas estão registrados em indicadores de crescimento de agravos de saúde.

O golpe político de 2016 foi também o golpe na educação, saúde, assistência. O perverso congelamento do orçamento, chamado de regra do teto de gastos, feito sob encomenda por Temer aos que o apoiaram, estabeleceu limites para o gasto federal. E independentemente do aumento das demandas nessas áreas, como por exemplo o crescimento populacional ou novas demandas adquiridas em processos de lura, guilhotina-se o serviço público e deixam-se milhões de pessoas sem atendimento.

Aqueles dois desafios que antes eram de acesso e qualidade, agora cresceram em decorrência do maior golpe contra a saúde pública –o desfinanciamento –e a privatização como única alternativa. Ou até extinção de serviços. Todas tem uma fonte. Em comum: a política ultraneoliberal que se impôs ao Brasil em 2016 e que se aprofundou em 2019 com Bolsonaro.

Os resultados são assustadores, mesmo antes da virada do ano: fim do Programa Mais Médicos, redução drástica do Programa Farmácia Popular, desmonte da atenção à saúde mental e sua descaracterização, desarticulação da política de saúde indígena, redução no fornecimento de medicamentos para tratamento do HIV/Aids e de insumos de prevenção como preservativos, profilaxia de HIV/Aids e outras DSTs para vítimas de violência sexual e até mesmo a falta de vacinas com o cancelamento de contratos com laboratórios públicos e privados.

O viés ideológico e moralista ainda contaminou as políticas de saúde atuais, com o recolhimento da Caderneta de Saúde do Adolescente, que fazia o acompanhamento de milhões de meninas e meninos, e até mesmo a retirada de preservativos de escolas.Esta postura vai na contramão das urgências no Brasil, em que se verifica o crescimento de mortes violentas de adolescentes e jovens, da mortalidade materna e mortalidade infantil. Quanto às epidemias, um aumento de 339% por dengue. Segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), a cada aumento de 10% na cobertura por estratégia de Saúde da Família se havia reduzido 4,6% a mortalidade infantil.

Como enfrentar esta realidade em que a tendência é a retirada e o corte de políticas de prevenção e tratamento?Sabemos que a cultura é a última mudança social entre as muitas que ocorrem no desenvolvimento dos povos. O Brasil vem de tradições de muita exclusão e violência com o nosso povo, de desigualdades tão profundas, que nos levam a ter dificuldades de reconhecer nossos direitos e conquistas. O SUS foi e é uma construção do povo brasileiro, entrou na Constituição Federal de 1988 como “direito de todos e dever do estado” e ainda que contenha defeitos é um dos nossos mais significativos feitos. Mexer no SUS é mexer com a vida de milhões de pessoas de todas as idades e origens sociais, das mães com seus bebês, dos trabalhadores e trabalhadoras, dejovens, indígenas.Entender o que está acontecendo com o SUS e lutar junto para impedir que sua destruição seja feita por falta de dinheiro é uma questão de cidadania. Parafraseando o Dr. Dráuzio Varela: “Devemos defender o SUS e nos orgulhar da existência dele”.

Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/opiniao/devemos-defender-e-nos-orgulhar-da-existencia-do-sistema-unico-de-saude/

REDAÇÃO TEXTO 2:

Apesar de problemas, SUS é referência em saúde pública, dizem especialistas

Sistema único, que faz 30 anos, tem o desafio, porém, de melhorar o atendimento no tratamento de média complexidade

Diana Lott, 23.abr.2018 às 16h00

O SUS (Sistema Único de Saúde) deve ser reconhecido por ter aumentado o acesso à saúde da população brasileira e se tornado referência em atenção primária, apesar de ainda enfrentar dificuldades na assistência prestada por médicos especialistas.Foi a essa conclusão que chegaram os especialistas convidados para debate sobre o aniversário de 30 anos do SUS que fez parte da quinta edição do FórumSaúde do Brasil, realizado pela Folha, nesta segunda-feira (23), com patrocínio da Amil e da Anab (Associação Nacional das Administradoras de Benefícios).“O SUS é uma conquista da população que não pode ser desprezada.

Ele aumentou o acesso dos brasileiros à saúde de uma forma impensável há 30 anos”, disse Ana Maria Malik, coordenadora do GVsaúde, programa de gestão em saúde da Fundação Getulio Vargas.Segundo a professora, um dos problemas enfrentados pelo sistema único hoje é o acesso a tratamentos demédia complexidade — aqueles que, em geral, envolvem a atuação de especialistas.

“O brasileiro, assim como pacientes de outros países, gosta de ser atendido no pronto-socorro, porque assim lhe foi ensinado”, afirmou Ana Maria.As longas listas de espera para consultas com especialistas poderiam ser melhor organizadas, segundo Marco Akerman, professor titular do departamento de política, gestão e saúde da faculdade de saúde pública da USP.

“No Brasil, continuamos tratando a fila por ordem de chegada, e dessa forma não atendemos os mais vulneráveis primeiro”, disse Akerman.Para ele, um dos fatores que contribui para o gargalo é a falta de médicos com esse tipo de qualificação, já que os profissionais dão preferência para atender em consultórios privados.

Familiarizar os alunos com o funcionamento do SUS é uma das iniciativas adotadas no curso de graduação em medicina da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.

“Os nossos alunos frequentam postos de saúde e unidades de atenção básica desde o início do curso, como forma de estimular o interesse pela carreira na área de medicina de família”, afirmou Sidney Klajner, presidente da entidade.Experiência no Reino UnidoNo Reino Unido, há uma forte regulação que determina em quais cidades e regiões os médicos devem ser alocados para evitar a falta de mão de obra e a longa espera, segundo Thomas Hone, pesquisador no Imperial College of London.

O especialista fez a ressalva de que, ao contrário do Brasil, o país não precisa vencer distâncias tão grandes no atendimento à população.Um problema enfrentado pelo sistema de saúde britânico (NHS, na sigla em inglês), segundo ele, é a dificuldade de compartilhamento de informações entre os médicos generalistas que realizam o atendimento inicial e os especialistas.

O pesquisador exaltou a experiência bem-sucedida do Brasil no campoda saúde. “O Brasil é referência para qualquer país que queira aprender sobre atenção primária”, disse.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2018/04/apesar-de-problemas-sus-e-referencia-em-saude-publica-dizem-especialistas.shtml

REDAÇÃO TEXTO 3:

SUS - apesar dos problemas, por que devemos defendê-lo?
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