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Internet: ensino gratuito e de qualidade em um clique

Edutubers, como são conhecidos os youtubers da educação, falam sobre as vantagens das vídeo-aulas e como os estudantes podem se beneficiar

Educação|Karla Dunder, do R7

Professor Ferretto: tecnologia está à mão e é um caminho sem volta
Professor Ferretto: tecnologia está à mão e é um caminho sem volta Professor Ferretto: tecnologia está à mão e é um caminho sem volta

As vídeo-aulas e os ‘edutubers’, como são chamados professores e apresentadores de canais de educação, atraem milhões de seguidores no Brasil. Na sua maioria, estudantes em ano de vestibular que buscam dicas, explicações e um jeito mais barato para estudar.

O professor Ferretto conta com mais de 1,8 milhão de inscritos em seu canal no Youtube, onde dá dicas e ensina matemática. “Procuro ajudar os estudantes do ensino fundamental ao médio e acho que os vídeos são ferramentas interessantes para os alunos, eles têm autonomia para escolher o horário das aulas, o que vão assistir e onde”, diz.

Para Débora Aladim, que conta com mais 1,9 milhão de inscritos em seu canal, as aulas via internet garantem o acesso à educação de qualidade para todas as pessoas. “Tento levar informações de forma acessível para qualquer um, independentemente de onde a pessoa esteja e a condição financeira” avalia. “Tem muita gente que estuda para o vestibular em casa, porque não pode pagar um cursinho e consegue uma boa nota estudando pela internet”.

Ferretto recebeu um e-mail de um professor de uma comunidade ribeirinha no interior do Amazonas. “O professor levava sete alunos em uma canoa até um centro comunitário, onde tem acesso a dois computadores e internet para assistirem as aulas e também recebi mensagens de estudantes de Angola e Moçambique, chegamos a lugares que nem imaginamos”.

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As aulas estimulam o protagonismo dos alunos, embora exija também disciplina e concentração para reter o conteúdo. “Os alunos podem ter acesso muito antes ao conteúdo, a informação está à mão e o professor passa a ser o mediador desse conhecimento, pode estimular o desenvolvimento de pesquisas e projetos, a tecnologia é um caminho sem volta”, avalia Ferretto.

Para esses professores, a tecnologia é uma forma de aproximar os estudantes do conteúdo desenvolvido em sala de aula. A professora de português e literatura Vaniery Amorim do Liceu Coração de Jesus, que também participa do canal Duvidando, acha que os professores precisam ocupar esse espaço. “Eles vão acessar os vídeos, então, por que não usar como uma ferramenta para a educação? ”. A professora de literatura, destaca que é importante que os estudantes busquem diferentes fontes. “Cabe ao professor também ajudar nesse processo, fazer curadoria para auxiliar na escolha do conteúdo, tem muita coisa nas redes com conteúdo preconceituoso, por exemplo, os pais também precisam acompanhar”.

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Como observa o professor Paulo Jubilut, que ensina biologia nas redes, nada substitui as aulas presenciais, mas “a tecnologia permite, por exemplo, aplicar metodologias de ensino impossíveis de serem aplicadas pelo ensino presencial. Recentemente, gravei várias videoaulas de ecologia no continente africano. Tenho também uma vídeo-aula gravada no deserto da arábia, ao invés de usar "quadro e giz", fui até lá e gravei uma aula riquíssima em exemplos que com certeza melhoram a interação do estudante com aquele tema."

Os canais criam verdadeiras comunidades ao entorno dos edutubers. "Na maioria estudantes que estão prestando vestibular, se sentem solitários, mas percebem que muitas pessoas estão na mesma situação e ali, nos comentários, eles trocam informações, tiram dúvidas, se ajudam", avalia Débora.

Paulo Jubilut ensina biologia nas redes
Paulo Jubilut ensina biologia nas redes Paulo Jubilut ensina biologia nas redes

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