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Médica Angelita Gama entra na lista dos cientistas mais influentes do mundo

Professora emérita da USP foi reconhecida pela Universidade de Stanford por sua atuação na área da medicina

Educação|Do R7


Angelita Gama foi reconhecida como uma das médicas que mais contribuíram com a ciência
Angelita Gama foi reconhecida como uma das médicas que mais contribuíram com a ciência

Uma das cientistas mais premiadas do país, a pesquisadora brasileira e professora emérita da USP (Universidade de São Paulo) Angelita Habr-Gama foi reconhecida pela Universidade de Stanford (EUA) como uma das médicas que mais contribuíram para o desenvolvimento da ciência no mundo.

A universidade americana, em parceria com a Editora Elsevier BV, divulgou recentemente uma atualização da lista que representa os 2% de cientistas mais citados em várias disciplinas. O relatório foi preparado por uma equipe de especialistas liderada pelo professor John Ioannidis, professor eminente da Universidade de Stanford.

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“Esse reconhecimento é um estímulo para os médicos e cientistas brasileiros, um estímulo para progressão na carreira de outras pesquisadoras”, diz Angelita ao Estadão. Segundo ela, a expectativa é de que reconhecimentos como esses sirvam de inspiração para que outros cientistas trilhem caminhos parecidos, o que não é fácil.

“É claro que tudo isso exigiu muito esforço, muito estudo e muita dedicação, mas a gente chega lá”, diz a médica, que atualmente também atua no Hospital Alemão Oswaldo Cruz. “Fico muito honrada e muito satisfeita com o reconhecimento”, complementa.

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Com relevantes trabalhos na área da coloproctologia, que estuda doenças do intestino grosso, do reto e do ânus, Angelita foi a primeira mulher residente em cirurgia geral no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). Pioneira, criou a disciplina de coloproctologia na mesma instituição e foi a primeira a chefiar o departamento de gastroenterologia da Faculdade de Medicina da USP.

Câncer

A cirurgiã é reconhecida por alterar o paradigma mundial adotado durante quase todo o século 20 quanto ao método para o tratamento do câncer do reto baixo. Com sua proposta, baseada em pesquisa clínica feita por ela e sua equipe, iniciada em 1981, firmou-se como atual paradigma de que o tratamento do câncer do reto baixo deve ser inicialmente conduzido com quimioradioterapia, postergando-se a ressecção cirúrgica.

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Entre os principais feitos, a cirurgiã publicou mais de 200 artigos científicos em revistas indexadas no PubMed, fundou a Abrapreci (Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino) e foi nomeada coordenadora no Brasil do Programa de Prevenção do Câncer Colorretal pela Organização Mundial de Gastroenterologia (Omge).

Além disso, exerceu a presidência da Sociedade Brasileira e da Sociedade Latino-Americana de Coloproctologia e do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva. Foi também vice-presidente nacional do CBC, além de ter organizado e presidido o Fórum Internacional de Câncer do Reto, em novembro de 2007, em São Paulo.

Angelita é membro honorária da sociedade científica American Surgical Association e a primeira mulher a receber esse título do American College of Surgeons. É reconhecida ainda por European Surgical Association, Italian Surgical Association, American Society of Colon and Rectal Surgeons e Royal College of Surgeons of England.

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