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Eleições 2016
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Em debate sem ataques, Crivella promete reduzir secretarias e Freixo, preço do ônibus

Candidatos se enfrentaram no primeiro debate do 2º turno à disputa no Rio

Eleições 2016|Do R7


Candidatos a prefeito Marcelo Freixo (Psol) e Marcelo Crivella (PRB) participaram de debate para segundo turno
Candidatos a prefeito Marcelo Freixo (Psol) e Marcelo Crivella (PRB) participaram de debate para segundo turno

Diferentemente do tom agressivo dos debates do primeiro turno, o primeiro debate dos candidatos Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (Psol), promovido pela TV Bandeirantes na noite desta sexta-feira (8), foi marcado prioritariamente pelo confronto de ideias e planos de governo. Sem ataques, os candidatos apresentaram propostas para redução do custeio e melhoria da eficácia da gestão municipal e elegeram como prioridades as áreas da saúde e educação.

Crivella prometeu reduzir as secretarias pela metade, cortando cargos comissionados, enquanto Freixo disse que vai diminuir o preço da passagem de ônibus, que hoje custa R$ 3,80.

Questionado sobre a primeira medida que tomaria se eleito, Crivella prometeu uma mobilização para terminar com o que chamou de "fila hedionda" de cirurgias em hospitais municipais. Freixo priorizou a educação, dizendo que, no do dia seguinte à possível eleição, convocará os profissionais da educação para discutir "a escola que queremos para o Rio", debatendo plano de cargo e salários e autonomia pedagógica.

Chuva de mentiras x Dilúvio de paixões

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Apesar de o debate ter sido centrado em plano de governo, o candidato do Psol questionou o adversário sobre o que chamou de uma "chuva de mentiras e calúnias nas redes sociais", segundo ele, promovida por aliados de Crivella. O candidato do PRB lançou mão de uma comparação, dizendo que o oponente tem apoio de partidos envolvidos em escândalos, mas que, da mesma forma que Freixo não tem responsabilidade por eles, não pode ser culpado por esses ataques virtuais.

— A política é um dilúvio de ódios e paixões (...) Tenho um Himalaia de divergências [com a candidatura de Marcelo Freixo], mas preciso manter o respeito e peço também que a minha militância haja no debate das ideias.

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Freixo se comprometeu a fazer uma campanha de alto nível e disse ter recebido apoio de partidos no segundo turno, mas que não integrou o governo onde esses escândalos aconteceram — pontuando, sem citar o governo Dilma Rousseff, que Crivella foi ministro.

— Estou falando de crime, de calúnia, difamação, de inventar coisas. Essa campanha foi criminosa com a democracia. Vou fazer uma campanha de alto nivel. Temos uma equipe pronta para assumir o Rio.

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Os candidatos foram questionados por um internauta morador da Taquara, zona oeste, se a tarifa de ônibus vai ficar mais cara em 2017.

Crivella destacou que, mesmo com gastos menores de operação nos corredores BRT, a passagem de ônibus aumentou acima da inflação. O candidato do PRB garantiu que em um eventual governo não sofrerá o que chamou de pressão das empresas de ônibus para manipular tarifas. Crivella defendeu que o metrô seja incluído no bilhete único — como já acontece em São Paulo — e que o benefício aumente em ao menos uma hora.

Já Freixo disse que cumprirá parecer do TCM (Tribunal de Contas Município) de que a passagem deveria custar R$ 3,30, e não R$ 3,80. O psolista prometeu reduzir o valor da tarifa e defendeu o fim da dupla jornada de motoristas de ônibus, que são obrigados a também ser cobradores. Freixo ainda prometeu a integração tarifária de modais como trem, ônibus e metrô.

Elogios a Haddad

O primeiro debate do 2º turno à Prefeitura do Rio de Janeiro fez por duas vezes menção à campanha de São Paulo, cidade que definiu a disputa no primeiro com a vitória de João Doria (PSDB).

Ao ser questionado sobre plano para moradores de rua, Crivella lembrou que as pessoas nessa situação são assoladas pelo problema das drogas, como o crack, e defendeu a adoção de um "programa semelhante ao de São Paulo" em que o usuário ganha qualificação para um emprego e uma bolsa para moradia.

Em outro momento, ambos se disseram favoráveis à redução da velocidade de tráfego nas vias cariocas — medida também adotada nas marginais de São Paulo por Haddad.

Freixo comentou a experiência de São Paulo e disse que o prefeito "estava coberto de razão" — ele pontuou que os resultados foram imediatos, uma vez que mortes e acidentes foram reduzidos. Para o psolista, a adoção da medida no Rio não vai significar maior lentidão no trânsito e defendeu, em paralelo, investimentos em transporte público.

Já Crivella observou que, em São Paulo, o debate da redução da velocidade foi marcado por controvérsias e que, em princípio, também é favorável a essa medida. O candidato do PRB ponderou, contudo, que "políticas que afetam a vida das pessoas precisam ser discutidas".

O corte de gastos na administração municipal também esteve em foco. Questionado por Freixo sobre de que forma pretende reduzir o custo de vida do carioca, Crivella afirmou que, ao reduzir o gasto público com a diminuição pela metade das secretarias, pode melhorar a saúde e a educação.

— O poder público não é o grande gerador de empregos, mas, se organizar bem sua cidade, vai ter condições de enfrentar o custo de vida. Vou dimnuir o gasto público.

O candidato do Psol também defendeu o enxugamento da máquina e criticou proposta de fusão das pastas da Cultura e de Esportes. Ao citar o presidente Michel Temer, que recuou após extinção do Ministério da Cultura, Freixo disse que medidas desse tipo podem reduzir políticas públicas.

— Tem uma nova política nascendo no Rio, fizemos com 11 s [de tempo de campanha na TV], sem fazer alianças espúrias. Nossos aliados estão na rua, na praça. Vamos nomear os melhores e acabar com os cargos comissionados.

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