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Eleições 2016
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Rio: com 2º turno incerto, candidatos à frente em pesquisas têm confrontos violentos no último debate antes das eleições

Gestão Paes e nomes do PMDB envolvidos em corrupção foram alvo de ataques

Eleições 2016|Do R7


Candidatos participaram de último debate antes das eleições do próximo domingo (2)
Candidatos participaram de último debate antes das eleições do próximo domingo (2)

Com cenário de indefinição para o segundo turno, o último debate de candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro, a apenas três dias das eleições, foi marcado por embates agressivos entre os candidatos. A temperatura subiu, sobretudo, nos confrontos diretos entre os candidatos Marcelo Freixo (Psol) e Pedro Paulo (PMDB) e entre o peemedebista e o candidato Marcelo Crivella (PRB) na noite desta quinta-feira (29) em debate promovido pela TV Globo.

Crivella lidera as intenções de voto e, segundo as pesquisas, deve passar para o segundo turno, enquanto Pedro Paulo e Freixo estão empatados tecnicamente e com vantagem em relação aos concorrentes.

A gestão de Eduardo Paes (PMDB), padrinho político de Pedro Paulo, voltou a ser duramente criticada pelos sete candidatos. Eles também procuraram atrelar nomes do partido envolvidos em escândalos de corrupção, como o do deputado federal cassado Eduardo Cunha, à candidatura de Pedro Paulo.

Freixo x Pedro Paulo

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Freixo questionou Pedro Paulo sobre a queda da ciclovia da avenida Niemeyer, em 21 de abril passado, quando duas pessoas morreram. O candidato do PMDB negou que tenha culpado a ressaca do mar pela tragédia e afirmou que era "o primeiro a chegar" em casos de acidentes na cidade.

Freixo apontou que a empresa responsável pela obra pertence a um parente do secretário de Turismo do Rio. Pedro Paulo alegou que a empreiteira foi escolhida a partir de licitação pública e apontou que a campanha de Freixo recebeu, em 2012, doação de construtora — a demolidora que atuou na Vila Autódromo (zona oeste). O candidato do Psol rebateu dizendo que não houve irregularidade na doação e que, em 2014, antes da lei que vetou contribuições de empresas a candidatos, o Psol já não aceitava essas doações nas campanhas.

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Em seguida, Freixo aproveitou embate com Crivella para desafiar Pedro Paulo a chamá-lo para um novo embate, dessa vez sobre educação. O peemedebista o escolheu, mas o tema da pergunta foi o projeto de reurbanização da região portuária.

O candidato do Psol apontou o envolvimento de Eduardo Cunha com suspeita de corrupção envolvendo as obras do Porto Maravilha. Freixo ainda citou o episódio do desaparecimento das vigas da região portuária.

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Ao responder essa questão, Freixo ainda rebateu fala de Cidinha Campos (PDT) candidata a vice de Pedro Paulo, que estava na plateia: "Cidinha, você não gosta de mim, mas sua neta gosta". A fala repercutiu nas redes sociais.

Pedro Paulo também lembrou episódio da campanha de 2012 em que Valdinei Medina da Silva, então candidato a vereador pelo Psol, condenado por assalto a mão armada em 2006, teve a candidatura impugnada. Segundo o peemedebista, Freixo "apoiou um candidato da milícia".

O peemedebista também trouxe à baila reportagem publicada nesta quinta-feira pelo site da revista Veja em que Medina da Silva, que integrou gabinete de Freixo na Alerj, foi condenado por violência doméstica na Lei Maria da Penha. Freixo disse que o assessor foi condenado à revelia e que está recorrendo da condenação.

— No mesmo dia que tomei conhecimento eu o exonerei, ao contrário do Paes que pegou alguém que bateu em mulher e transformou em candidato prefeito.

Jandira x Pedro Paulo

Jandira Feghali (PCdoB) e Pedro Paulo também protagonizaram embate agressivo. Ela voltou a acusá-lo de ter agredido a ex-mulher — ao que o peemedebista reiterou ter tido o processo arquivado no Supremo Tribunal Federal — e fez críticas ao governo Michel Temer (PMDB).

— Governo que a gente discorda, a gente não dá golpe, a gente ganha na urna.

Pedro Paulo rebateu os ataques, dizendo que Jandira foi citada em delação premiada da Lava Jato. Em direito de resposta, ela alegou ser "ficha limpa".

— Eu jamais fui acusada, o PCdoB recebeu recursos de uma empresa, minha resposta é meu Imposto de Renda.

Jandira voltou a lembrar o impedimento de Dilma Rousseff, com que fez campanha no Rio, ao abrir o debate acusando a TV Globo de ter apoiado um "golpe contra a democracia". A emissora respondeu, por meio da mediadora do debate, dizendo que não é obrigada a promover debates, mas o faz por "apreço à democracia".

Crivella x Pedro Paulo

Os dois confrontos entre os candidatos do PRB e do PMDB foram marcados por atritos.

Pedro Paulo procurou associar a candidatura de Crivella ao bispo Edir Macedo, o que foi negado por Crivella. O candidato do PRB disse não confundir política com religião e atacou: "Não é me chamando de bispo que você vai conseguir limpar a barra do PMDB".

No segundo embate, o peemedebista o questionou acerca do papel da Guarda Municipal na segurança do Rio e Crivella afirmou que "o pior problema para a segurança é a falta de respeitabilidade dos políticos" ao lembrar vídeo em que Eduardo Paes sugere a uma mulher negra que recebia as chaves de um apartamento que praticasse sexo no local.

Crivella, que cantou refrão da música Cartomante, de Ivan Lins — "Cai o rei de Espadas/Cai o rei de Ouros/Cai o rei de Paus/Cai, não fica nada — substituindo as cartas por nomes do PMDB, sugeriu a Pedro Paulo: "Mude de partido, procure um novo rumo".

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