Freixo agrediu fotógrafo no enterro do irmão em 2006
Parte do equipamento foi quebrada pelo candidato, segundo relato da vítima no Facebook
Rio de Janeiro|Do R7
![Marcelo Freixo chegou a dar um chute nas costas do fotógrafo Bruno Lima durante o velório](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/5XRFLNUA5VMFLG7F2TZDE2UINA.jpg?auth=9e6fd79a4f26bddcdec1ef327a5c5fe356a456905b814b317a015239bb3ebda6&width=659&height=359)
O candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro pelo PSOL, Marcelo Freixo, agrediu um fotógrafo, em 2006, durante o enterro de seu irmão, Renato Freixo. O caso foi relembrado pelo blog Jornal Livre, no domingo (23), e levou a vítima, Bruno Lima, a fazer um post em seu Facebook relatando que “foi covardemente agredido” quando fazia imagens à distância do funeral.
Segundo Bruno, ele trabalhava para o jornal A Tribuna, de Niterói, quando foi pautado para fazer as fotos do enterro e agiu de forma a respeitar o momento de dor da família. “Mas diferente de tudo que tinha visto até então, quando apontei a câmera para a frente, vi alguém largando o caixão e correndo até mim. Não deu tempo de processar o que estava acontecendo. Só deu tempo de me abaixar, tentando proteger o meu equipamento e receber socos e chutes de alguém, que vim a descobrir que era o próprio Marcelo Freixo. Por mais que houvesse a dor da perda, nunca imaginaria que pagaria o pato pela perda do irmão. Pareceu que ele estava querendo descontar tudo em mim. Fui agredido covardemente. Mesmo tentando proteger o meu equipamento, meu ganha pão, ele conseguiu quebrar o flash”.
Renato foi assassinado em julho de 2016, quando era assessor da secretaria de Ciência e Tecnologia de Niterói. Ele levou cinco tiros em frente ao portão de sua casa.
Bruno segue seu relato dizendo que nem em enterros de traficantes viveu situação semelhante: “Após todo o ocorrido, tentei entender o que tinha acontecido mas não encontrei respostas. Como pode Marcelo Freixo, o paladino da justiça, o pacifista, me arrebentar na porrada? Já fotografei dezenas de enterros, de traficantes a policiais, e nunca vi um deles vir correndo para me bater. Mas esse é o Marcelo Freixo que a grande maioria desconhece”, afirma.
Em entrevista ao Jornal O Estado de S.Paulo, o candidato admitiu a agressão e se explicou dizendo que o fotógrafo desrespeitou o pedido da mãe dele de não fotografar. Após a publicação da entrevista, Bruno disse que Freixo “mentiu” ao dizer que houve desrespeito.