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R7 Entrevista

Suel: "após o Carnaval encontrarei os fãs nos shows do meu novo DVD, o maior projeto da minha carreira"

Cantor, compositor e sambista dá pausa na agenda carnavalesca, em Salvador, para falar sobre trajetória, o novo álbum, Fases, e o single Esquece, que estourou na web horas depois do lançamento.

Entrevista|Eduardo Marini, do R7

Suel lança DVD com 21 faixas, sucessos e participações de amigos
Suel lança DVD com 21 faixas, sucessos e participações de amigos POSSATO_PHOTOGRAPHY

O fluminense Maxwell Alves Silva, 38 anos, nascido e criado em Nova Iguaçu, torce para ser muito cantado neste Carnaval. Não exatamente na metáfora da sedução, mas no significado de ter várias de suas composições, sucesso na própria voz e na interpretação de várias estrelas da música brasileira, entoadas pelos foliões em bloquinhos, ladeiras, arquibancadas, pagodes e rodas de samba país afora.

Maxwell Silva é o cantor, compositor, sambista e pagodeiro Suel, ex-violonista e vocalista do grupo Imaginasamba. Além das dezenas de hits embalados pelo próprio gogó, ele emprestou criações que se tornaram sucesso a artistas do porte de Leandro Sapucahy, Swing & Simpatia, Vavá, Belo, Adriana e a Rapaziada, Mumuzinho, Ferrugem, Péricles, Alexandre Pires, Sorriso Maroto, entre outros.

Gentil, Suel interrompeu sua agenda no Carnaval de Salvador para essa conversa com o R7 ENTREVISTA. Falou sobre seu novo DVD e álbum ao vivo Fases, o single de lançamento Esquece, com a participação de Ferrugem, seu encontro com a música, os 17 anos como vocalista do Imaginasamba e a vida famíliar. E detalhou o projeto paralelo Pôr do Suel, em que canta por cinco horas seguidas, com amigos e convidados, a cada dois meses.

O show traz ainda sucessos mais novos de minha carreira%2C na fase solo%2C entre eles Metade Vai%2C Metade Fica%2C Amor de Amante e Agora Cuido Eu. E também músicas que se tornaram hits com outros artistas%2C como Duvido%2C Para de Pirraça%2C Me Assume ou me Esquece e Pretexto%2C além de seis inéditas. A banda desse show tem 20 músicos. Não é brincadeira

(SUEL)

Está feliz com o DVD e álbum Fases, e com o vídeo do primeiro single de lançamento do projeto, Esquece, com a participação especial do cantor Ferrugem?


Suel – Muito, muito, demais. Não vejo a hora de correr o Brasil com esse show. Considero o projeto mais importante da minha carreira. O DVD foi gravado no último dia 1º de dezembro no Espaço Hall, no Rio de Janeiro, com casa lotadíssima, completa, até a boca (risos). Mais de oito mil pessoas. Ferrugem, Dilsinho, Tierry, Swing & Simpatia e Matheusinho me honraram com participações. Escolhemos esse nome porque o repertório envolve, em 21 faixas, minha trajetória de cantor e compositor, do início do Imaginasamba até os dias atuais. O show traz ainda sucessos mais novos de minha carreira, na fase solo, entre eles Metade Vai, Metade Fica, Amor de Amante e Agora Cuido Eu. E também músicas que se tornaram hits com outros artistas, como Duvido, Para de Pirraça, Me Assume ou me Esquece e Pretexto, além de seis inéditas. A banda desse show tem 20 músicos. Não é brincadeira.

Você mesmo fez a produção?


Sim, em parceria com Allan Lima, meu sócio, parceiro de trabalho e amigo querido desde 2005. Anselmo Troncoso assina a direção de vídeo e o cenário do projeto, que estão uma beleza, com muita tecnologia. Os vídeos foram feitos em 4K HDR, com lentes de cinema, que produzem uma textura especial, mais artística. O cenário é marcado por uma grande lua, que acompanha uma coruja, minha marca como artista. Tenho uma coruja e uma lua no corpo (o cantor mostra os desenhos, entre o pescoço e o peito). Destacamos também, no cenário, grandes cidades em que fiz shows nessas duas décadas de carreira como cantor: Rio, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Recife…

E a parceria, o feat com Ferrugem no single Esquece, lançado nesta quarta-feira (15)?


É um samba romântico, com letra que brinca com o termo esquece como sinônimo de deixe para lá, não se preocupe, pare de pensar nisso ou tire isso da cabeça. Meu amigo Ferrugem é um grande cantor. Gravamos várias coisas juntos, fizemos lives na pandemia... Nossas vozes e posturas combinam muito bem no palco. Está disponível no YouTube, onde caminha para um milhão de acessos nesses primeiros dias, e em outras plataformas. É só digitar Suel Esquece na busca e soltar a voz. Essa versão de Esquece tem tudo para grudar na cabeça das pessoas.

Meu nome é Maxwell. Maxwell Alves Silva. Nasci e fui criado em Nova Iguaçu%2C na Baixada Fluminense%2C no Estado do Rio de Janeiro. Suel vem desde criança%2C na rua%2C no bairro%2C em casa%2C na escola… Tem gente que escreve meu nome como Maxsuel ou Maxssuel%2C com um ou dois esses%2C por causa do Suel. Agora%2C quer saber%3F Curto mais de Suel do que de Maxwell%2C tanto que adotei como nome na carreira artística. Maxwell é muito arrumado%2C não tem a ver comigo

(SUEL)

De onde vem seu nome?

Suel era apelido de infância. Não sei exatamente de onde veio, quem foi o primeiro a usar, mas o fato é que sou chamado assim desde que me entendo por gente. Adotei porque gosto. Meu nome é Maxwell. Maxwell Alves Silva. Nasci e fui criado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no Estado do Rio de Janeiro. Suel vem desde criança, na rua, no bairro, em casa, na escola… Tem gente que escreve meu nome como Maxsuel ou Maxssuel, com um ou dois esses, por causa do Suel. Agora, quer saber? Curto mais de Suel do que de Maxwell, tanto que adotei como nome na carreira artística. Maxwell é muito arrumado, não tem a ver comigo (risos).

Você tem um outro projeto musical, por sinal com um ótimo nome: Pôr do Suel. Fale um pouco sobre ele.

A cada dois meses faço, no Faro Beach Club, em São Conrado, no Rio de Janeiro, uma espécie de show/maratona, de cinco horas – isso mesmo: cinco horas -, em um palco 360 graus, rodeado da galera por todos os lados, sempre com casa lotada. São pagodes e sambas diferentes dos que levo em meus shows. Recebo convidados e amigos para um repertório evidentemente amplo, que inclui meus maiores sucessos e clássicos do samba de hoje e sempre. De Zeca Pagodinho e Alcione, e até de mais antigos, a Dilsinho, Ferrugem e outros mais. Faço um apanhado histórico do samba e do pagode. Começa sempre às cinco da tarde e vai embora, até dez na noite, às vezes um pouquinho mais. Por isso o nome Pôr do Suel, porque a gente sempre vê o pôr do sol cantando e sambando. Estou animado para levar esse projeto a outros estados. Estamos negociando locais e patrocínios para comemorar um ano do projeto com uma edição para mais de dez mil pessoas em algum lugar do Rio de Janeiro. Vamos parar a cidade (risos).

Cenário requintado inclui projeção de led e efeitos especiais
Cenário requintado inclui projeção de led e efeitos especiais

Como foi sua vida familiar?

Sou filho único. Meus pais trabalharam em várias coisas na vida. Minha mãe cozinhou para fora, trabalhou em creche, meu pai foi funcionário de cerâmicas e fábrica de caixões… Nunca nos faltou nada, mas venho de uma família trabalhadora, batalhadora. Quando comecei a ganhar algum dinheiro com a música, achei que era hora de retribuir o que eles fizeram para mim e fazer com que eles parassem de ralar. Dei um descanso para eles, mas meu pai não conseguiu parar de trabalhar e ficar em casa e passou a trabalhar comigo. É um misto de supervisor e acompanhante nos shows e na rotina diária. Tenho hoje 38 anos, sou casado e tenho um filho.

Como encontrou a música?

Quando eu era criança, nove, dez anos, gostava do programa Sabadão Sertanejo, com o Gugu Liberato, no SBT. Ali, moleque, comecei a cantar aquelas músicas sertanejas mesmo sem saber as letras direito. Fazia os pentes e escovas da minha mãe de microfones e tentava imitar os cantores do programa. Pouco tempo depois, os gostos viraram para o lado do funk e do rap. Eu e o Maurício, um amigo de escola, formamos uma dupla de funk, rap e pop: Suel e Maurício. Mas essa fase não gerou nada sério e logo veio a paixão pelo samba e o pagode, sobretudo ao ver as participações do Alexandre Pires, ex-Só Pra Contrariar. Nos programas musicais. Achava aquilo lindo. Tão lindo que, a partir dali, decidi aprender a tocar violão e a cantar samba e pagode e suas vertentes mais românticas.

Quando você entrou no Imaginasamba?

Aos 13 anos.

Tão novo?

Sim, a convite do fundador do grupo, meu primo. Somos todos amigos do mesmo bairro, a Vila Operária, em Nova Iguaçu. No início era apenas para tocar violão, não para cantar. O início foi difícil, fazendo pagodes em bares e eventos menores, com cachês muito baixo, simbólicos, mas a gente não colocava dinheiro à frente das coisas. Todos tinham outros trabalhos, menos eu, que vivia de uma graninha que meus pais me davam. A pouca grana que pingava dos shows a gente usava juntava para investir na melhoria e manutenção dos instrumentos e equipamentos, em cordas de violão e cavaquinho e, quando possível, na compra de materiais novos.

No início%2C nós%2C no Imaginasamba%2C não pressionávamos para melhorar nossa remuneração nos pagodes que fazíamos. Depois%2C com o sucesso%2C o grupo fazendo show pelo Brasil com cachês de R%24 30 mil%2C R%24 40 mil%2C R%24 50 mil por apresentação%2C percebemos que poderíamos ter sido ao menos um pouco mais rigorosos nessa questão desde o início. Os apertos não seriam tantos. Mas a vida é assim%3A vamos nos construindo com acertos e também erros

(SUEL)

Era tão pouco que nem compensava dividir.

Isso. No início, nós, no Imaginasamba, não pressionávamos para melhorar nossa remuneração nos pagodes que fazíamos. Depois, com o sucesso, o grupo fazendo show pelo Brasil com cachês de R$ 30 mil, R$ 40 mil, R$ 50 mil por apresentação, percebemos que poderíamos ter sido ao menos um pouco mais rigorosos nessa questão desde o início. Os apertos não seriam tantos. Mas a vida é assim: vamos nos construindo com acertos e também erros.

A passagem pelo Imaginasamba foi muito fértil para você...

Demais. Saí do grupo no início de 2019 para mergulhar na carreira solo. Fomos muito unidos. O grupo era e ainda é uma família. Foram 17 anos como vocalista do grupo, desde os meus 17 anos de idade, com grandes sucessos em shows, rádios e plataformas e composições gravadas por estrelas da música brasileira. Parti para um novo desafio com a consciência tranquila de ter cumprido a minha missão no Imaginasamba.

Single com Ferrugem estourou nas redes sociais
Single com Ferrugem estourou nas redes sociais

Você tem composições gravadas por um monte de gente boa, não é mesmo?

A composição veio na minha vida antes até do que o canto. Fazia música de brincadeira, porque, na época, achava que, se alguém quer ser cantor, deveria fazer as músicas para cantar. Não entendia nem me convencia muito dessa coisa do intérprete, de encomendar ou cantar músicas de outras pessoas. Com o tempo, fui lapidando o dom de compor. O Leandro Sapucahy foi o primeiro a descobrir minhas músicas. Gravou umas 15 antes mesmo de me conhecer e produzir meu primeiro álbum com o Imaginasamba. O Swing & Simpatia, também de Nova Iguaçu, foi o primeiro grupo a gravar músicas minhas. Entendi que a composição, além de me dar prazer, também era uma profissão que dava uma grana bem legal (risos) e comecei a trabalhar mais sério nisso.

Além do Leandro Sapucahy e do Swing %26 Simpatia%2C Vavá%2C Belo%2C Adriana e a Rapaziada%2C Mumuzinho%2C Ferrugem%2C Péricles%2C Alexandre Pires%2C Sorriso Maroto e mais uma turma do samba e do pagode gravaram músicas minhas. A lista é grande. Cada uma dessas gravações me enche de honra

(SUEL)

E aí começou a distribuir música para tudo quanto é lado, né?

Pois é (risos). Além do Leandro Sapucahy e do Swing & Simpatia, Vavá, Belo, Adriana e a Rapaziada, Mumuzinho, Ferrugem, Péricles, Alexandre Pires, Sorriso Maroto e mais uma turma do samba e do pagode. A lista é grande. Cada gravação me enche de honra.

Você está em Salvador?

Sim, vou encontrar amigos, conhecer pessoas e cantar um pouco, de leve, neste Carnaval maravilhoso daqui. Me apresentarei também em dois camarotes no desfile da Marquês de Sapucaí, no Rio. Quero cantar e que as pessoas cantem muito cantado neste Carnaval.

Muito obrigado por interromper a agenda em pleno Carnaval de Salvador, que não é fácil, para falar com o R7 ENTREVISTA.

Cara, adorei o papo. Eu é que agradeço.

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