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Aos 70 anos, príncipe Charles passa de polêmico a político

Herdeiro do trono se tornou um ativista ambiental e usa sua posição como realeza para lutar por causas do meio ambiente e mudanças climática

Internacional|Carolina Vilela, do R7*

Foto oficial de aniversário: Charles ao lado da segunda esposa, filhos e netos
Foto oficial de aniversário: Charles ao lado da segunda esposa, filhos e netos Foto oficial de aniversário: Charles ao lado da segunda esposa, filhos e netos

Primogênito e herdeiro do trono britânico, o príncipe Charles, se tornou uma figura polêmica da família real nos anos 1990.

O casamento do príncipe de Gales com a princesa Diana, que morreu em um acidente de carro em 1997, foi marcado por muitas especulações de traições que envolviam a atual esposa do herdeiro, Camila.

Segundo uma pesquisa divulgada pela agência de notícias Reuters, a posição de Charles nunca se recuperou totalmente dos danos sofridos durante a década de 1990.

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"Ainda existe uma certa antipatia na geração acima dos 40 anos em relação ao relacionamento dele com a Camila", explica Renato Vieira, professor de História da Comunicação nas Faculdades Integradas Rio Branco e autor do livro God Save The Queen – O imaginário da realeza britânica na mídia.

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Polêmicas se tornaram políticas

Nos últimos anos, porém, as polêmicas em torno do comportamento de Charles como marido de Diana foram dando lugar a uma nova imagem, a de um príncipe preocupado com questões ambientais. O que não deixa de ser igualmente polêmico no contexto da realeza britância.

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A família real tem como dever seguir uma lista de protocolos, com regras sobre o que eles podem ou não podem fazer e como se comportar. Dentre essas regras, é proibido que qualquer de seus membros se manifeste sobre assuntos políticos, coisa que o príncipe Charles faz com uma certa frequência.

Como ativista ambiental, sua campanha por causas como o meio ambiente e a mudança climática levou a acusações de que ele está interferindo em questões que a realeza britânica deveria evitar, mas para Renato Vieira, isso não é visto como um problema.

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"Charles sempre teve esse lado, mas podemos dizer que hoje ter uma pessoa da família real defendendo causas ambientais não é um problema", comenta.

Quiz: Você sabe quem é quem na linha de sucessão do trono britânico?

O professor explicou ao R7 que os membros da família real podem se manifestar desde que isso não interfira nas decisões do parlamento britânico.

“Há questões políticas que não podem ser comentadas e são exclusivas do parlamento. O que pode ocorrer é que alguns temas podem ter alguma repercussão política. Ele pode se pronunciar não necessariamente interferindo em decisões do parlamento”, explicou o especialista.

Como exemplo, Renato usou a questão da separação do Reino Unido com a União Europeia, denominada Brexit, um assunto que nenhum membro da família real comentou a respeito.

Charles: seria 'negligência' não se manifestar

Em uma entrevista em 2017, Charles afirmou que seria “criminalmente negligente" não usar sua posição para ajudar as pessoas.

"As coisas que tentei focar ao longo de todos esses anos são as que eu senti que mereciam a atenção necessária. Talvez agora, estejam começando a perceber que o que eu estava tentando dizer não era tão espalhafatoso como pensavam", disse o príncipe herdeiro.

Charles é o próximo na linha de sucessão do trono real britânico e, para o professor Renato, a nova postura do príncipe aponta para um novo momento da monarquia no Reino Unido.

"Ele vai assumir em um momento oportuno, muito mais sereno e a partir dessa defesa do meio ambiente, a monarquia irá se reconectar ainda mais com as novas gerações que anseiam por um país mais diverso, com mais respeito ambiental e prossiga nessa trajetória de evolução."

*Estagiária do R7 sob supervisão de Cristina Charão

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