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Atentado suicida contra procissão religiosa deixa ao menos 40 mortos em província do Paquistão

Um segundo ataque, executado por dois homens em uma mesquita no noroeste do país, vitimou mais quatro pessoas

Internacional|Do R7


Médicos e voluntários carregam uma das vítimas
Médicos e voluntários carregam uma das vítimas

Mais de 40 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nesta sexta-feira (29) em um atentado suicida contra uma procissão religiosa na província de Baluchistão, no Paquistão.

Um segundo ataque suicida, executado por dois homens em uma mesquita na província de Khyber Pakhtunkhwa (noroeste), deixou mais mortos, segundo as autoridades.

A procissão atacada no Baluchistão celebrava o nascimento do profeta Maomé. A celebração é amplamente aceita no Paquistão, embora alguns a questionem por considerá-la uma inovação injustificável.

"Uma procissão com centenas de pessoas deixou a mesquita de Medina e, ao chegar à estrada Al Falah, foi alvo de um atentado suicida", disse Abdul Razzaq Sasoli, alto funcionário do distrito de Mastung.

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Os hospitais locais ficaram sobrecarregados com o número de feridos, e as autoridades provinciais usaram as redes sociais para fazer um apelo aos doadores de sangue.

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"Confirmamos ao menos 45 mortos e 70 feridos na explosão", declarou à AFP Zubair Jamali, ministro do Interior da província.

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Um policial distrital informou um número um pouco menor.

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"Posso confirmar que o número de mortos atualmente é de pelo menos 42 pessoas e que mais de 65 pessoas ficaram feridas", disse Shoaib Masood à AFP.

Todos os anos, mesquitas e edifícios governamentais são decorados com luzes e procissões são organizadas para marcar o nascimento do principal profeta do islã.

Na mesma ocasião, em abril de 2006, um homem-bomba matou pelo menos 50 pessoas na cidade de Karachi, em um evento de muçulmanos sunitas.

Ressurgimento da violência

Os ataques desta sexta-feira ocorreram no momento em que o Paquistão se prepara para as eleições marcadas para janeiro, em um contexto de crise política e econômica e de aumento da violência.

O ministro da Informação do Baluchistão, Jan Achakzai, anunciou um período de luto de três dias.

O Baluchistão, a província menos povoada do Paquistão, é também o lar de vários grupos que lutam pela independência ou por uma participação maior nos recursos minerais da região.

Centenas de quilômetros ao norte, em Hangu, na província de Khyber Pakhtunkhwa, quatro pessoas morreram quando o telhado de uma mesquita desabou após uma explosão enquanto dois homens armados tentavam entrar no edifício.

"Eles foram interceptados na porta da mesquita e ocorreu um tiroteio", disse Nisar Ahmed, um alto funcionário da polícia, à AFP.

"Depois houve uma explosão que causou o colapso do telhado da mesquita", acrescentou.

Em julho, mais de 40 pessoas morreram em um ataque suicida nessa mesma província.

Os talibãs paquistaneses intensificaram os ataques contra alvos militares e governamentais desde o retorno do grupo ao poder no Afeganistão, em agosto de 2021.

Mas o Talibã disse que não teve nenhuma relação com o ataque no Baluchistão.

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