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Autópsia: corpo de Maldonado não foi arrastado ou manipulado

Sumiço de artesão gerou protestos na Argentina nos últimos meses

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Desaparecimento de artesão comoveu Argentina
Desaparecimento de artesão comoveu Argentina Desaparecimento de artesão comoveu Argentina

Santiago Maldonado morreu por afogamento e seu corpo permaneceu por mais de 70 dias na água, sem sinais de ter sido manipulado ou arrastado. É esta a conclusão divulgada nesta quinta-feira (17) por 55 especialistas forenses da Justiça argentina que participaram da autópsia realizada no corpo do artesão, encontrado no último 17 de outubro no rio Chubut, ao sul do país.

O documento fornecido pela perícia acaba por descartar as afirmações da família Maldonado e de outras organizações, que afirmavam que o cadáver havia sido plantado no rio. O informe ainda esclarece que o corpo não apresenta lesões por contusão ou cortes.

Santiago Maldonado era um artesão de 28 anos que desapareceu no último 1º de agosto durante uma manifestação indígena, quando foi abordado por agentes da Gendarmería — principal Força de Segurança argentina. Seu sumiço inflamou os ânimos no país nos últimos meses. Milhares foram às ruas exigindo respostas e investigações isentas das autoridades a respeito do episódio (veja cronologia abaixo)

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Segundo informações publicadas pelo jornal argentino Clarín, as microalgas encontradas no interior do cadáver em regiões como medula óssea, pulmões e cavidades cardíacas coincidem com as presentes na região do rio onde o corpo foi encontrado. Os exames ainda revelam que Maldonado media 1,71 m de altura e pesava 57,2 quilos. Foram achados junto a ele objetos como carteira de identidade, um colar preto, uma bolsa escura com uma pedra esférica, lentes de contato e preservativos. Os exames revelam também que o corpo se encontrava submerso em posição fetal, típica de indivíduos que vão a óbito por afogamento. 

As conclusões da autópsia contrariam as teorias de que Santiago Maldonado teria sido capturado, brutalmente espancado e levado em um caminhão para um destino desconhecido pelas tropas da Gendarmería — utilizadas como base argumentativa da família Maldonado e de diversas organizações de direitos humanos para classificar o caso como desaparecimento forçado, que ocorre quando uma pessoa é secretamente presa ou sequestrada por uma organização política ou estatal.

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