Quase 100 mil crianças, metade delas deficientes, vivem em instituições ou internatos na Ucrânia, e é crucial tomar precauções antes de removê-las para outro país, alertou a ONU nesta segunda-feira (7).
O alto-comissário para os refugiados, Filippo Grandi, e a chefe do Unicef, Catherine Russell, se uniram para lembrar que uma evacuação sem as devidas precauções pode acabar mal, pondo as crianças ao alcance de traficantes.
"Temos informações de que as instituições estão tentando transferir as crianças para um local seguro em países vizinhos ou mais longe", escreveram os dois funcionários.
Embora reconheçam que as evacuações podem salvar vidas, “é essencial que a permissão seja obtida dos pais ou responsáveis”, enfatizaram Filippo Grandi e Catherine Russell. "Sob nenhuma circunstância as famílias devem ser separadas devido à realocação ou evacuação", reforçaram.
“Todo o esforço deve ser feito para reunir as crianças com sua família se tal união for do melhor interesse delas”, disseram Grandi e Russell.
Além disso, eles advertiram que “adoções não devem ser autorizadas durante ou logo após situações de emergência”, mesmo que famílias ou lares adotivos possam oferecer “proteção crítica”.
A guerra já forçou 1,7 milhão de ucranianos a fugir de seu país, incluindo centenas de milhares de crianças.
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