China determina confinamento em áreas próximas a Pequim para conter expansão da Covid-19
Restrição da circulação de pessoas acontece antes de uma grande reunião do Partido Comunista chinês
Internacional|Do R7
![População chinesa que vive próxima a Pequim, se prepara para nova restrição](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/MFLHA7CF7NOGTF54ETJ7XVKTJQ.jpg?auth=fb4aef95ba07130e4ee41a62437e5a85e50214a9d66f43522ada415b15832fbc&width=771&height=419)
Quase quatro milhões de habitantes da província ao redor da capital Pequim iniciaram um confinamento nesta terça-feira (30), em uma tentativa das autoridades de frear qualquer avanço da covid-19 antes de uma grande reunião política do Partido Comunista da China.
Os moradores das cidades de Chengde e Xinle, na província de Hebei, devem permanecer em suas residências até o fim de semana para evitar um surto da doença.
E mais de 13 milhões de habitantes do município de Tianjin, ao norte e que tem divisa com Pequim, serão submetidos a exame de PCR após a detecção de mais de 80 casos de covid-19 em dois dias.
A China é a única das principais economias do mundo que mantém uma estratégia de contenção da covid que inclui confinamentos severos e quarentenas.
As autoridades decretam confinamentos localizados, determinam a obrigatoriedade de exames de PCR a cada 48 ou 72 horas e quarentenas para pessoas que se deslocam dentro da província.
Esta política tem graves consequências para a economia e não deve ser flexibilizada antes do 20º Congresso do Partido Comunista da China, que deve acontecer nos próximos três meses.
No evento, o presidente chinês Xi Jinping deve obter uma confirmação para o terceiro mandato como secretário-geral do partido, exceto em caso de uma mudança muito improvável.
A política de saúde no país - que Xi defende de maneira veemente - adquiriu um caráter extremamente político e qualquer oposição frontal às medidas anticovid pode ser considerada um questionamento ao regime comunista.