As escolas e universidades da França fecharão as portas a partir da próxima segunda-feira (16), como medida para evitar a maior propagação do coronavírus, conforme a anunciou nesta quarta (12) o presidente do país, Emmanuel Macron, durante pronunciamento.
O chefe de governo admitiu que ainda está sendo encarado o início da crise sanitária provocada pela Covid-19, doença provocada pelo novo patógeno, que considera a maior deste século.
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"Por isso, a prioridade absoluta é proteger os mais vulneráveis", garantiu Macron.
O presidente francês justificou a decisão de fechar escolas e universidades por as crianças e adolescentes serem os que propagam o coronavírus mais rapidamente, embora, muitas vezes sequer apresentem sintomas.
Macron ainda garantiu que, para as pessoas que atuam na área de saúde, o governo disponibilizar um serviço de cuidado com os filhos.
Eleições serão mantidas
Por outro lado, foram mantidas as eleições municipais em todo o país, que terão primeiro turno neste domingo, e o segundo uma semana depois, exatamente, embora tenha pedido para a população seguir se protegendo contra o coronavírus.
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"Os especialistas acreditam que não faz com que os franceses, inclusive os mais vulneráveis, não possam ir às urnas. Mas, é preciso velar pelo respeito as recomendações de proteção contra o vírus", explicou o chefe de governo.
Macron ainda anunciou que o transporte público será mantido integralmente, mas voltou a pedir que os franceses limitem os deslocamentos e que os maiores de 70 anos evitem sair de casa.
Segundo números divulgados hoje pelo Ministério da Saúde da França, 2.876 pessoas já foram infectadas pelo coronavírus, sendo que 61 delas morreram, 13 apenas nas últimas 24 horas de aferição pelas autoridades.