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CRISE HUMANITÁRIA

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Crise de imigração: primeira morte de refugiado em 2016 é de uma criança

Embarcação com 40 pessoas naufragou perto da costa da ilha grega de Agathonisi

Internacional|Da Agência Brasil

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Uma criança de 2 anos morreu afogada, na costa grega, após o naufrágio de uma embarcação que transportava migrantes desde a Turquia. Foi a primeira morte de migrantes, em 2016, no Mar Egeu, informou hoje (2) a Guarda Costeira da Grécia.

A embarcação, que transportava 40 pessoas, naufragou perto da costa escarpada da ilha grega de Agathonisi. Pescadores avisaram a Guarda Costeira, que enviou para o local o navio de uma instituição, com sede em Malta, que se dedica ao socorro de pessoas em perigo.

Tragédia no Mediterrâneo: travessia para a Europa já matou mais de 1.650 imigrantes em 2015

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A tripulação do navio descobriu 38 pessoas que tinham conseguido subir as rochas. Segundo a Guarda Costeira grega, os pescadores resgataram uma mulher, com vida, que havia caído na água, e o corpo da criança. Dez dos migrantes foram hospitalizados devido a hipotermia.

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Ao ver a foto do menino Aylan, de três anos, um outro garoto, em um confortável apartamento no Brasil, insatisfeito com o destino de quem já considerava seu amigo, pensou: "e se ele só estiver dormindo, e, sem ninguém ver, se levantar de manhã para soltar pipa na praia?"
O pai logo pensou em contar a verdade: Aylan morrera, depois da família síria tentar a chegada à Europa em um barco. Ele não iria mais se levantar até que seu pequeno corpo fosse carregado diante de uma humanidade atônita
O drama vivido pelo menino colocou ainda mais luzes em um tema que tem se tornado um incômodo insuportável para defensores dos direitos humanos. A própria Unicef diz que, nesta onda imigratória em direção à Europa, as crianças têm sido as maiores vítimas 
Vítimas da violência, do perigo nas travessias, da fome, do susto e do medo. Para a oficial de proteção à Infância e Adolescêndia da entidade no Brasil, Fabiana Gorenstein, o drama maior é que os países ainda não estão conseguindo dar prioridades dentro dessa massa de imigrantes
—A preocupação da Unicef é que a triagem aconteça de forma respeitosa com os direitos da criança e do adolescente. Que as crianças que buscam refúgio não sejam tratadas como imigrantes sem documentos ou ilegais, mas como crianças, com todos os direitos que as crianças nacionais têm
O grito de entidades, porém, ainda não tocou de forma decisiva os governos. Crianças são as mais expostas a riscos de violência, exploração e abuso. A proximidade do inverno traz a ameaça da pneumonia. Principalmente para as muitas que dormem ao relento temperado das paisagens europeias
A instituição da ONU ressalta que elas já são quase um terço dos que buscam asilo em algum país, fugindo, principalmente, de guerras na Síria, no Oriente Médio, e na Eritreia, na África. Mas, segundo Fabiana, como os números de pessoas são cada vez maiores, a recepção nos países está longe do ideal. E quem mais sofre são as crianças Criança refugiada é chutada por repórter cinematográfica de TV húngara, mostra vídeo
— Trabalhamos para que os governos possam receber as pessoas de forma humanitária e atender o que determinam as convenções que regem os direitos humanos, dando prioridade a crianças mulheres grávidas e idosos Conheça o R7 Play e assista a todos os programas da Record na íntegra!
No total, segundo a Acnur (Agência da ONU para Refugiados), somente até julho último, 438 mil refugiados pediram asilo em países da União Europeia, número proporcionalmente maior do que os 571 mil pedidos em todo o ano de 2014
A Unicef tem mostrado insatisfação com a demora dos países em coordenar um programa de acolhimento digno aos refugiados. A cada dia, segundo Fabiana, a crise ganha uma perspectiva, e a resposta precisa vir de uma maneira rápida e coletiva UE vai apresentar proposta de distribuição dos imigrantes pelo continente
—As perspectivas mudam nesta crise que se desenrola dia a dia. Em um dia vemos a Alemanha e a Áustria abrindo fronteiras e dizendo que vão receber as pessoas. Por outro lado, ontem (terça-feira, 8) o primeiro-ministro da Áustria já anunciou que o acolhimento não pode ser responsabilidade individual de países como Alemanha e Áustria. O continente europeu ainda não chegou a uma resposta coletiva
Muitas crianças chegam sedentas. E entidades como a Unicef têm trabalhado junto aos governos para dar água a elas. Muitas chegam deprimidas. E nada melhor do que brincar para poder voltar a sonhar. Com criança, isso é fácil. Só é necessária uma brinquedoteca, que a entidade também tenta conseguir em cada campo
Na Macedônia, segundo Fabiana, a Unicef tem atuado neste sentido. Mas é preciso algo mais. É preciso que a sede de vida também seja satisfeita. E que, enfim, as crianças conquistem o direito de serem felizes, fazendo da vida inteira uma brincadeira séria e do passado dramático, um pesadelo distante
— Temos insistido para que os países solucionem rápido a questão da documentação, priorizando casos de crianças e adolescentes, desacompanhados ou com familiares, para que eles possam ter o status migratório e ser integrados o quanto antes, tendo direito aos sistemas de saúde, educação, moradia e acesso ao aprendizado da nova língua, sendo respeitados e compreendidos nesta sociedade
O editor para Assuntos Europeus na revista The Economist, Tom Nutall, também ressalta a importância de um tratamento especial, necessário para crianças, referindo-se às desacompanhadas, que muitas vezes se perdem dos pais
— Obviamente devem ser construídos alojamentos especiais para as crianças desacompanhadas, tanto para mantê-las seguras durante as viagens quanto, assim que forem acolhidas em um país europeu, para que tenham suporte em relação à escolaridade, habitação, aprendizado da língua e outras necessidades
A própria Unicef, na Espanha, também apela aos governos por um item emergencial: dar a assistência necessária aos resgate das crianças que chegam pelo mar nessas travessias. Todas as exigências vão de encontro a um mundo ideal neste momento. Com elas vem a inevitável pergunta, diante da crise humanitária. Seria tudo isso uma utopia da Unicef?
 Fabiana responde: —Isso não pode ser uma utopia, isso é uma questão de direitos e é isso que a Unicef está disposta a construir neste momento, trabalhando junto com os países e com a comunidade internacional
E quando isso acontecer, enfim, crianças como Aylan poderão ser ajudadas a se levantar. Com um tempinho para brincar, estarão livres para soltar pipa lá na praia. Seria a realização do sonho de seu amigo no Brasil. E a prova de que, para a criança, ao relento ou em um apartamento, a imaginação sempre vence

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Ao ver a foto do menino Aylan, de três anos, um outro garoto, em um confortável apartamento no Brasil, insatisfeito com o destino de quem já considerava seu amigo, pensou: "e se ele só estiver dormindo, e, sem ninguém ver, se levantar de manhã para soltar pipa na praia?"
O pai logo pensou em contar a verdade: Aylan morrera, depois da família síria tentar a chegada à Europa em um barco. Ele não iria mais se levantar até que seu pequeno corpo fosse carregado diante de uma humanidade atônita
O drama vivido pelo menino colocou ainda mais luzes em um tema que tem se tornado um incômodo insuportável para defensores dos direitos humanos. A própria Unicef diz que, nesta onda imigratória em direção à Europa, as crianças têm sido as maiores vítimas 
Vítimas da violência, do perigo nas travessias, da fome, do susto e do medo. Para a oficial de proteção à Infância e Adolescêndia da entidade no Brasil, Fabiana Gorenstein, o drama maior é que os países ainda não estão conseguindo dar prioridades dentro dessa massa de imigrantes
—A preocupação da Unicef é que a triagem aconteça de forma respeitosa com os direitos da criança e do adolescente. Que as crianças que buscam refúgio não sejam tratadas como imigrantes sem documentos ou ilegais, mas como crianças, com todos os direitos que as crianças nacionais têm
O grito de entidades, porém, ainda não tocou de forma decisiva os governos. Crianças são as mais expostas a riscos de violência, exploração e abuso. A proximidade do inverno traz a ameaça da pneumonia. Principalmente para as muitas que dormem ao relento temperado das paisagens europeias
A instituição da ONU ressalta que elas já são quase um terço dos que buscam asilo em algum país, fugindo, principalmente, de guerras na Síria, no Oriente Médio, e na Eritreia, na África. Mas, segundo Fabiana, como os números de pessoas são cada vez maiores, a recepção nos países está longe do ideal. E quem mais sofre são as crianças Criança refugiada é chutada por repórter cinematográfica de TV húngara, mostra vídeo
— Trabalhamos para que os governos possam receber as pessoas de forma humanitária e atender o que determinam as convenções que regem os direitos humanos, dando prioridade a crianças mulheres grávidas e idosos Conheça o R7 Play e assista a todos os programas da Record na íntegra!
No total, segundo a Acnur (Agência da ONU para Refugiados), somente até julho último, 438 mil refugiados pediram asilo em países da União Europeia, número proporcionalmente maior do que os 571 mil pedidos em todo o ano de 2014
A Unicef tem mostrado insatisfação com a demora dos países em coordenar um programa de acolhimento digno aos refugiados. A cada dia, segundo Fabiana, a crise ganha uma perspectiva, e a resposta precisa vir de uma maneira rápida e coletiva UE vai apresentar proposta de distribuição dos imigrantes pelo continente
—As perspectivas mudam nesta crise que se desenrola dia a dia. Em um dia vemos a Alemanha e a Áustria abrindo fronteiras e dizendo que vão receber as pessoas. Por outro lado, ontem (terça-feira, 8) o primeiro-ministro da Áustria já anunciou que o acolhimento não pode ser responsabilidade individual de países como Alemanha e Áustria. O continente europeu ainda não chegou a uma resposta coletiva
Muitas crianças chegam sedentas. E entidades como a Unicef têm trabalhado junto aos governos para dar água a elas. Muitas chegam deprimidas. E nada melhor do que brincar para poder voltar a sonhar. Com criança, isso é fácil. Só é necessária uma brinquedoteca, que a entidade também tenta conseguir em cada campo
Na Macedônia, segundo Fabiana, a Unicef tem atuado neste sentido. Mas é preciso algo mais. É preciso que a sede de vida também seja satisfeita. E que, enfim, as crianças conquistem o direito de serem felizes, fazendo da vida inteira uma brincadeira séria e do passado dramático, um pesadelo distante
— Temos insistido para que os países solucionem rápido a questão da documentação, priorizando casos de crianças e adolescentes, desacompanhados ou com familiares, para que eles possam ter o status migratório e ser integrados o quanto antes, tendo direito aos sistemas de saúde, educação, moradia e acesso ao aprendizado da nova língua, sendo respeitados e compreendidos nesta sociedade
O editor para Assuntos Europeus na revista The Economist, Tom Nutall, também ressalta a importância de um tratamento especial, necessário para crianças, referindo-se às desacompanhadas, que muitas vezes se perdem dos pais
— Obviamente devem ser construídos alojamentos especiais para as crianças desacompanhadas, tanto para mantê-las seguras durante as viagens quanto, assim que forem acolhidas em um país europeu, para que tenham suporte em relação à escolaridade, habitação, aprendizado da língua e outras necessidades
A própria Unicef, na Espanha, também apela aos governos por um item emergencial: dar a assistência necessária aos resgate das crianças que chegam pelo mar nessas travessias. Todas as exigências vão de encontro a um mundo ideal neste momento. Com elas vem a inevitável pergunta, diante da crise humanitária. Seria tudo isso uma utopia da Unicef?
 Fabiana responde: —Isso não pode ser uma utopia, isso é uma questão de direitos e é isso que a Unicef está disposta a construir neste momento, trabalhando junto com os países e com a comunidade internacional
E quando isso acontecer, enfim, crianças como Aylan poderão ser ajudadas a se levantar. Com um tempinho para brincar, estarão livres para soltar pipa lá na praia. Seria a realização do sonho de seu amigo no Brasil. E a prova de que, para a criança, ao relento ou em um apartamento, a imaginação sempre vence

Ao ver a foto do menino Aylan, de três anos, um outro garoto, em um confortável apartamento no Brasil, insatisfeito com o destino de quem já considerava seu amigo, pensou: "e se ele só estiver dormindo, e, sem ninguém ver, se levantar de manhã para sol...

Ao ver a foto do menino Aylan, de três anos, um outro garoto, em um confortável apartamento no Brasil, insatisfeito com o destino de quem já considerava seu amigo, pensou: "e se ele só estiver dormindo, e, sem ninguém ver, se levantar de manhã para soltar pipa na praia?"

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