Cristina Kirchner crê que detidos por atentado não o planejaram
Vice-presidente da Argentina levantou a suspeita que um autor intelectual do ataque de 1º de setembro pode estar a solta
Internacional|Do R7
![Cristina Kirchner foi vítima de um atentado em Buenos Aires](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/4XZ4JC6JT5N6NIMTPPSG7MVJHU.jpg?auth=f6f9ea038320b3dc6d48a0a479b1554255273e19749f3766add7656d09939866&width=321&height=369)
A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse nesta sexta-feira (23), ao depor em um julgamento no qual é acusada de corrupção quando presidiu o país, que considera "muito claro" que as quatro pessoas presas até agora como "autoras materiais" do atentado cometido contra a política há três semanas não são as que o planejaram.
"Ninguém pode pensar que esta quadrilha planejou, idealizou ou teve autoria intelectual no que fez", disse a ex-presidente e atual vice. Kirchner ressaltou que os advogados do suposto líder do que chamou de "pequena gangue" eram "conselheiros de um senador" da oposição.
"Como se sentiria, doutor [Jorge] Gorini (um dos juízes do tribunal), se a mesma coisa acontecesse contigo como aconteceu comigo? Se os defensores do homem que tentou matá-lo são legisladores peronistas", afirmou.
A reta final do julgamento no qual Kirchner é acusada de conceder irregularmente contratos de obras públicas durante o período no qual ficou na presidência está ocorrendo em meio à repercussão do atentado, do qual ela escapou ilesa em 1º de setembro, e pelo qual quatro pessoas foram presas.
O ataque aconteceu em frente à residência de Cristina, em Buenos Aires, durante uma manifestação de simpatizantes depois que o promotor do caso de suposta corrupção, Diego Luciani, pediu 12 anos de prisão para ela em 22 de agosto.
A vice-presidente, que também é advogada e fez a própria defesa na audiência desta sexta-feira, disse que, até o dia em que foi atacada, ela acreditava que as acusações tinham como objetivo estigmatizá-la e difamá-la.
"Mas, desde 1º de setembro, percebi que pode haver algo mais por trás de tudo isso, porque de repente é como se a justiça estivesse dando licença social para qualquer um pensar e fazer qualquer coisa", afirmou, além de listar outras situações que ocorreram neste ano, como o ataque de manifestantes com pedras a seu escritório no Senado e a colocação de cartazes nas ruas a chamando de "assassina".
A Justiça da Argentina determinou na terça-feira (1º) a libertação de uma jovem suspeita de participação na tentativa de homicídio contra a vice-presidente Cristina Kirchner, pela qual três pessoas foram detidas e estão sendo processadas. A Câmara de A...
A Justiça da Argentina determinou na terça-feira (1º) a libertação de uma jovem suspeita de participação na tentativa de homicídio contra a vice-presidente Cristina Kirchner, pela qual três pessoas foram detidas e estão sendo processadas. A Câmara de Apelações concluiu pela ausência de mérito para acusar Agustina Díaz, de 21 anos, devido à insuficiência de provas até o momento. No entanto, a decisão não é definitiva.