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Dois jovens iranianos são presos por dançar em público

Amir Mohammad Ahmadi e Astiyazh Haghighi publicaram um vídeo considerado como incentivo à corrupção e à prostituição

Internacional|Do R7

Um tribunal iraniano condenou a dez anos de prisão duas pessoas vistas dançando em um vídeo, gravado em frente a um conhecido monumento de Teerã, segundo ativistas afirmaram nesta terça-feira (31). O gesto foi interpretado como uma provocação ao regime.

Astiyazh Haghighi e o namorado, Amir Mohammad Ahmadi, ambos de aproximadamente 20 anos, foram presos no início de novembro por causa de um vídeo que se tornou viral nas redes. Na gravação, os dois dançam romanticamente em frente à torre Azadi, na capital iraniana.

O vídeo do casal dançando foi exaltado como um símbolo das liberdades reivindicadas pelos manifestantes. Nele, Ahmadi levanta a namorada no ar, e o cabelo da jovem fica solto ao vento.

Haghighi não usava lenço na cabeça, uma infração das rígidas regras de vestimenta impostas às mulheres na República Islâmica. Nesse país, elas também não podem dançar em público, muito menos com um homem.

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Mulher dançava sem o véu no cabelo, obrigatório pelas leis iranianas
Mulher dançava sem o véu no cabelo, obrigatório pelas leis iranianas Mulher dançava sem o véu no cabelo, obrigatório pelas leis iranianas

Um tribunal revolucionário de Teerã condenou os namorados a dez anos e seis meses de prisão, além de tê-los proibido de usar internet e de sair do país, informou a ONG Agência de Notícias de Ativistas de Direitos Humanos (HRANA, na sigla em inglês), com sede em Washington.

O casal tinha muitos seguidores no Instagram. Os dois foram condenados por "incentivarem a corrupção e a prostituição pública" e por "se reunirem com a intenção de perturbar a segurança nacional", acrescentou a organização.

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Ao citar fontes próximas das famílias, a HRANA afirmou que os suspeitos não tiveram acesso a um advogado durante o julgamento. Também foi-lhes negada a possibilidade de ser soltos sob fiança.

A ONG indicou que Haghiani foi levada à prisão para mulheres Qarchak, nas proximidades de Teerã.

O Irã vive um grande movimento de protesto desde setembro, após a morte da jovem curdo-iraniana Mahsa Amini, de 22 anos, sob custódia policial. Ela foi presa sob a acusação de ter violado o código de vestimenta vigente na República Islâmica.

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