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EUA anunciam sanções contra a Rússia e expulsão de 10 diplomatas

Medidas são uma resposta a ciberataques e uma interferência nas eleições presidenciais de 2020 atribuídas a Moscou

Internacional|Da AFP


O presidentes dos EUA, Joe Biden, e o presidente russo, Vladimir Putin
O presidentes dos EUA, Joe Biden, e o presidente russo, Vladimir Putin

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (15) sanções financeiras contra a Rússia e a expulsão de 10 diplomatas russos, em resposta a ciberataques e uma interferência nas eleições presidenciais de 2020 atribuídas a Moscou.

O presidente Joe Biden assinou uma ordem executiva que amplia as restrições aos bancos norte-americanos que negociam dívidas emitidas pelo governo russo, expulsa 10 diplomatas, incluindo supostos espiões, e aplica sanções a 32 pessoas que supostamente interferiram nas eleições de 2020, segundo a Casa Branca.

O decreto permitirá voltar a punir a Rússia, com "consequências estratégicas e econômicas, caso continue ou promova uma escalada de ações desestabilizadoras internacionais", advertiu a Casa Branca em um comunicado.

A declaração aponta os "esforços de Moscou para minar a condução de eleições democráticas livres e justas e instituições democráticas nos Estados Unidos e em seus aliados".


Com isso, o texto faz referência às alegações de que as agências de inteligência russas organizaram campanhas persistentes de desinformação e truques sujos durante as corridas eleitorais de 2016 e 2020, em parte para ajudar a candidatura de Donald Trump.

A Casa Branca explica ainda que as sanções também respondem a "atividades cibernéticas maliciosas contra os Estados Unidos e seus aliados", em referência ao ataque de hackers de um programa da companhia SolarWinds, que permitiu o acesso a sistemas informáticos do governo americano no ano passado.


Também chama a atenção para os "ataques" extraterritoriais da Rússia contra dissidentes e jornalistas, bem como para o enfraquecimento da segurança em países importantes para a segurança nacional dos Estados Unidos.

Juntamente com a União Europeia, Austrália, Reino Unido e Canadá, o Departamento do Tesouro americano sancionou oito indivíduos e entidades associadas à ocupação russa da Crimeia na Ucrânia.


Em Bruxelas, a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) expressou seu apoio e "solidariedade" às sanções impostas pelos Estados Unidos em resposta às "atividades desestabilizadoras" da Rússia, em particular na Ucrânia e na Geórgia.

- 'Resposta inevitável' -

Em contrapartida, a Rússia prometeu uma resposta "inevitável" às novas sanções decretadas pelos Estados Unidos e convocou o embaixador americano em Moscou para uma "conversa difícil".

"Os Estados Unidos não estão prontos para aceitar a realidade objetiva de um mundo multipolar, sem hegemonia americana (...) Esse comportamento agressivo receberá uma forte resposta", declarou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova.

"Washington deve entender que o preço da degradação das relações bilaterais terá que ser pago. A responsabilidade pelo que acontecer será inteiramente dos Estados Unidos", acrescentou.

Zakharova também anunciou que o embaixador americano em Moscou, John Sullivan, foi convocado ao ministério das Relações Exteriores para "uma conversa que será difícil para o lado americano".

Questionado nesta quinta-feira sobre as novas sanções americanas, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, considerou que elas "não favorecem" a organização de uma cúpula entre o presidente americano Joe Biden e o russo Vladimir Putin, proposta por Washington.

"Durante a ligação telefônica com o presidente russo, Joe Biden expressou seu desejo de uma normalização das relações russo-americanas. A ação de seu governo atesta o contrário", disse Zakharova.

Desde que o novo presidente americano assumiu o cargo em janeiro, as relações entre Moscou e Washington se deterioraram rapidamente.

O embaixador russo nos Estados Unidos foi convocado de volta depois que Biden afirmou que seu colega era um "assassino".,

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