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EUA confirmam prisão de americano na Arábia Saudita devido a postagem no Twitter

Cidadão americano de origem saudita fez publicações sobre corrupção e sobre o assassinato de Jamal Khashoggi, em 2018

Internacional|Do R7

Americano foi preso por criticar a Arábia Saudita em postagens no Twitter
Americano foi preso por criticar a Arábia Saudita em postagens no Twitter Americano foi preso por criticar a Arábia Saudita em postagens no Twitter

Os Estados Unidos informaram nesta terça-feira (18) que levantaram junto à Arábia Saudita o caso de um cidadão americano condenado à prisão por publicações no Twitter que contêm críticas ao reino, outra fonte de tensão entre os dois países aliados.

Segundo o jornal Washington Post, o cidadão americano de origem saudita Saad Ibrahim Almadi, 72, foi torturado e condenado no começo de outubro a 16 anos de prisão. Quando essa pena for cumprida, ele não poderá deixar o país pelos 16 anos seguintes. Seu filho confirmou esses detalhes à AFP.

O Departamento de Estado confirmou a prisão de Saad Ibrahim Almadi e informou que tratou do assunto de dezembro passado até hoje. "Levantamos de forma constante e intensa nossas preocupações sobre o caso junto aos altos escalões do governo saudita, tanto por meio de canais em Riad quanto em Washington", disse o porta-voz da diplomacia americana Vedant Patel. "O exercício da liberdade de expressão nunca deve ser criminalizado."

O Washington Post informou que Almadi, que mora na Flórida e havia viajado para visitar familiares, foi preso em novembro no aeroporto, por 14 tuítes publicados nos sete anos anteriores. Seu filho disse ao jornal que o pai havia expressado "opiniões moderadas" em tuítes que mencionavam a corrupção na Arábia Saudita e o assassinato de Jamal Khashoggi, em 2018.

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A morte de Khashoggi, que escrevia para o Washington Post, provocou indignação nos Estados Unidos, embora o então presidente americano, Donald Trump, tenha se gabado de ter salvo de repercussões o príncipe herdeiro Mohamed Bin Salman.

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O presidente Joe Biden desclassificou relatórios da inteligência que apontam que o príncipe herdeiro ordenou o assassinato, e prometeu ser mais duro, inclusive a respeito da ofensiva saudita no Iêmen.

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Em julho, no entanto, Biden viajou à Arábia Saudita e foi fotografado com Salman, em uma visita vista como um apelo ao reino para reduzir os preços da gasolina e produzir mais petróleo.

No último dia 5, a Opep+, liderada por Riad, anunciou um corte de produção importante, pouco antes das eleições de meio de mandato nos Estados Unidos, o que enfureceu Biden. O presidente americano prometeu consequências.

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