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Fernández adverte que Argentina não pode pagar dívida com FMI

O governo pretende concluir o processo de renegociação da dívida em breve, seguindo o cronograma apresentado pelo Ministério da Economia

Internacional|Da EFE

Fernández não detalhes das negociações com o FMI
Fernández não detalhes das negociações com o FMI Fernández não detalhes das negociações com o FMI

Às vésperas da chegada de uma missão do FMI (Fundo Monetário Internacional) a Buenos Aires para debater a renegociação do empréstimo concedido à Argentina em 2018, o presidente Alberto Fernández advertiu nesta segunda-feira (10) que o país não pode cumprir o cronograma de pagamento dessa dívida, para evitar que sua economia fique 'prostrada'.

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'Objetivamente não podemos cumprir', disse Fernandez ao ser perguntado, em entrevista à rádio argentina Continental, se o país estava em condições de pagar os compromissos assumidos.

O mandatário não quis antecipar detalhes das negociações, que iniciadas há alguns dias em uma reunião realizada pelo ministro da Economia, Martín Guzmán, e a diretora executiva do FMI, Kristalina Georgieva, em Roma.

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Em 2018, o FMI concedeu um empréstimo de US$ 56,3 bilhões - dos quais já desembolsou cerca de US$ 44 bilhões - ao governo então dirigido por Mauricio Macri, em vista do aprofundamento da crise econômica causada pela desvalorização do peso e por uma fuga maciça de capital.

Fernandez assumiu o poder com o país com uma economia em recessão desde abril de 2018, o que agravou a situação social, com mais de um terço da população abaixo da linha da pobreza e o nível de desemprego acima de 10%.

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"Gostaríamos de usar o pagamento da dívida para reestruturar a economia; se pagarmos, não conseguiremos, e estaríamos mergulhando a economia em prostração absoluta", disse Fernandez.

Credores privados

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Um bom resultado da negociação com o FMI poderia abrir caminho para a reestruturação da dívida com credores privados, segundo Fernández.

Segundo dados da Secretaria de Finanças, no final de dezembro, a dívida bruta da Argentina chegava a US$ 323,177 bilhões, dos quais cerca de US$ 194 bilhões correspondiam à dívida pública de médio e longo prazo.

O governo argentino pretende concluir o processo de renegociação da dívida externa até o final de março, de acordo com o cronograma apresentado pelo Ministério da Economia.

No último sábado, por sua vez, a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse que o país não vai pagar nenhuma parte de sua dívida com o FMI enquanto o país não sair da recessão.

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Divergência de lideranças

Fernández reconheceu discordar de algumas posições de Cristina Kirchner, mas garantiu que não há conflitos dentro da liderança.

"Não pensamos necessariamente da mesma maneira, mas nada se tornou um tema de conflito. O que temos que fazer é continuar trabalhando juntos, as diferentes opiniões não me incomodam", disse Fernández sobre a ex-presidente.

Alberto Fernández foi chefe de governo durante todo o governo de Néstor Kirchner (2003-2007) e no primeiro ano do de Cristina, de quem mais tarde se distanciou com fortes críticas a sua gestão.

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