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'Foi chocante ver terroristas nas ruas', diz ator israelense que viveu membro do Hamas em série

Amir Hativ morou nos últimos três anos em Sderot, cidade invadida por extremistas localizada a cerca de 3 km da fronteira com Gaza

Internacional|Fernando Mellis, do R7


Delegacia de polícia em Sderot ficou completamente destruída após ataque do Hamas
Delegacia de polícia em Sderot ficou completamente destruída após ataque do Hamas

Nem mesmo na série de televisão Fauda, em que interpretou um terrorista do grupo Hamas escondido em Gaza, o ator israelense Amir Hativ havia imaginado ver cenas tão assustadoras como às que assistiu, no fim de semana, na cidade onde viveu os últimos três anos, Sderot.

Ele não estava lá no momento em que terroristas invadiram o território israelense, mas afirma ter acompanhado pela televisão e também por meio de relatos dos muitos amigos que vivem na região. 

"Quando vi as notícias e observei todos esses grupos de terroristas andando e dirigindo pelas ruas de Sderot — as mesmas ruas onde eu costumava andar em segurança —, foi como um pesadelo se tornando realidade, foi aterrorizante, chocante", conta Hativ em entrevista ao R7.

Em todo o país, o número de cidadãos e militares mortos nas ações do Hamas já passa de mil.

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Sderot tem cerca de 30 mil habitantes e fica a 3 km da Faixa de Gaza. A localidade foi um dos primeiros alvos do Hamas na manhã de sábado (7).

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Os terroristas andavam com fuzis em caminhonetes e matavam famílias israelenses em seus veículos, muitos dos quais foram queimados.

Em uma rodovia, vários corpos foram vistos nas pistas após o ataque. Uma delegacia de polícia da cidade foi tomada, e cerca de 20 agentes foram assassinados. Outro local familiar para o ator também foi atacado pelos terroristas.

Amir Hativ (foto) viveu a poucos quilômetros de Gaza
Amir Hativ (foto) viveu a poucos quilômetros de Gaza

"Fiquei cerca de seis meses dormindo em Sderot e Kfar Aza, porque tinha amigos lá. Infelizmente, Kfar Aza é um dos kibutz [assentamentos judaicos] que foram duramente atingidos, e tivemos muitas baixas, infelizmente", lamenta.

Kfar Aza fica no chamado envelope de Gaza, territórios israelenses a 7 km da fronteira, onde o risco de foguetes lançados a partir do enclave palestino sempre existiu.

"Nós passamos pelas escaladas que aconteceram na fronteira de Gaza nos últimos três anos, como ameaças de foguetes e coisas assim. [...] Eu sabia que estava vivendo em uma área onde a segurança era um problema, mas me sentia seguro. Sabia que haveria apenas a ameaça de foguetes", lembra Hativ.

A passagem dos terroristas pelo kibutz Kfar Aza deixou um rastro de destruição.

"Você vê os bebês, as mães, os pais, em seus quartos, em suas salas de proteção, e como os terroristas os mataram. Não é uma guerra, não é um campo de batalha, é um massacre, é uma atividade terrorista", declarou o major-general israelense Itai Veruv à agência de notícias Reuters.

Hativ afirma que muitos amigos próximos estavam naquela região.

"Foram horas muito tensas. A maioria dos meus amigos está lá [no sul de Israel] onde o Hamas atacou. [...] Uma amiga, não tão próxima minha, mas próxima de uma amiga muito próxima, perdeu a mãe. Ela foi assassinada. E essa amiga está lidando com muitos ferimentos, porque eles foram feitos reféns. E muitos dos meus amigos perderam amigos. Alguns deles estão sendo mantidos reféns em Gaza agora. É uma situação difícil." 

Ele acrescenta que todos já se deslocaram para locais mais seguros.

Neste momento, o ator está no norte de Israel, próximo à fronteira com o Líbano, onde existe uma ameaça de outro grupo terrorista, o Hezbollah.

"Está escalando um pouco aqui também, mas estamos prontos para o que acontecer. Vamos lutar, somos treinados para lutar, porque essa é a nossa realidade aqui, infelizmente."

Militares carregam corpo de vítima do Hamas em Kfar Aza
Militares carregam corpo de vítima do Hamas em Kfar Aza

'O Hamas precisa ser erradicado'

Para Hativ, "a nação palestina deve ser libertada e redimida de qualquer tipo de ideologia que apoie o terrorismo".

"Infelizmente, algumas pessoas palestinas precisam se libertar desse tipo de pensamento ideológico, porque acham que isso [extremismo] as libertará. Mas é uma armadilha que as prenderá em mais anos de sofrimento e pobreza."

Na visão dele, o Hamas está usando a causa como uma propaganda "para convencer os palestinos de que é disso que eles precisam".

"Sim, porque eles estão vivendo em circunstâncias difíceis, eu sei disso, mas nada justifica que esses grupos terroristas façam o que fazem com outros civis inocentes."

Ele considera que esses vizinhos terroristas "estão cheios de ganância, ódio e maldade e não vão parar". "Eles precisam ser erradicados, e os civis palestinos precisam ser curados desse tipo de doença", enfatiza. 

"O Hamas está usando os palestinos como escudo, enquanto a maioria de seus líderes está escondida no exterior. Eles não vivem em Gaza. Eles não estão realmente lá. Mas estão usando os palestinos como escudo. E, infelizmente, muitas pessoas palestinas não percebem isso, porque sofreram uma lavagem cerebral", finaliza.

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