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França: mais de 850 pessoas são presas em três dias de protestos

Saques, vandalismos e incêndios começaram nos subúrbios de Paris e se espalharam por diversas cidade francesas

Internacional|Do R7, com AFP


Protestos na França chegam ao terceiro dia
Protestos na França chegam ao terceiro dia

A polícia francesa prendeu 667 pessoas na terceira noite de protestos após Nahelde, de 17 anos, ser morto com um disparo à queima-roupa em uma abordagem policial.

Pelo menos 250 agentes ficaram feridos sem gravidade, segundo o ministro do Interior, Gérald Darmanin. Mais de 40 mil foram mobilizados para controlar a situação.

Nos dois primeiros dias de mobilização popular, outras 180 pessoas foram presas. Até o momento, cerca de 850 pessoas foram levadas para as delegacias.

Ontem à noite, várias lojas no centro comercial Les Halles e na rua turística e comercial Rivoli, que dá acesso ao museu do Louvre, em Paris, foram "vandalizadas", "saqueadas" e "incendiadas", disse um funcionário da polícia.

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A violência estourou nos subúrbios de Paris na terça-feira (3) e se espalhou pela França. 

Os fatos reacenderam o recorrente debate sobre a violência policial no país, onde, em 2022, 13 pessoas morreram em circunstâncias semelhantes às do jovem. Junto com as imagens da tragédia, as ruas foram incendiadas.

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O presidente Emmanuel Macron convocou uma reunião de crise para segunda-feira (3), o que o obrigou a interromper sua participação em uma cúpula em Bruxelas com seus homólogos da União Europeia (UE).

A Justiça ordenou a prisão preventiva por homicídio culposo do agente de 38 anos que atirou no jovem. Segundo seu advogado, ele ficou "extremamente comovido" com a violência do vídeo dos acontecimentos.

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Mais de 40 mil agentes foram mobilizados na França
Mais de 40 mil agentes foram mobilizados na França

"As primeiras palavras que ele pronunciou foram para pedir perdão e as últimas palavras que pronunciou foram para pedir perdão à família da vítima", disse o advogado Laurent-Franck Liénard à BFMTV.

Mounia, a mãe da vítima, disse, ao France 5, que não culpa a polícia, mas apenas o agente que tirou a vida de seu filho, já que "ele viu um rosto árabe, um menino, e quis tirar a vida dele".

"É hora de o país abordar seriamente os problemas profundos de racismo e discriminação racial entre as forças de segurança", disse Ravina Shamdasani, porta-voz do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, nesta sexta-feira.

França tem terceira noite de protestos após morte de jovem de 17 anos em abordagem policial

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