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Governo Trump pode aumentar confiança israelense e abalar palestinos

Analistas esperam menor pressão norte-americana em relação à construção de assentamentos

Internacional|Do R7


Primeiro-ministro israelense está confiante em diálogo com Trump
Primeiro-ministro israelense está confiante em diálogo com Trump

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, foi um dos primeiros líderes árabes a parabenizar Donald Trump pela vitória eleitoral nesta quarta-feira, mas analistas dizem que o governo Trump pode ser profundamente negativo para as aspirações palestinas e ao mesmo tempo reforçar a confiança de Israel.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, político de direita, se disse confiante de que ele e Trump poderiam trabalhar juntos para levar as relações entre Estados Unidos e Israel a, segundo ele, “novos patamares”, e mais tarde o seu gabinete afirmou que Trump, numa conversa telefônica, o convidou para uma reunião nos EUA na primeira oportunidade.

Abbas parecia ter alguma esperança de que Trump, sem um programa de política externa claro, pudesse abrir uma nova página para o tema do Oriente Médio, segundo um comunicado.

“Abbas parabeniza Donald Trump, presidente dos EUA, pela sua eleição e espera que a paz possa ser alcançada durante o seu mandato”, afirmou o comunicado na WAFA, agência de notícias oficial.

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Isso pode ser uma ilusão.

Durante a campanha, Trump ganhou apoio em Israel com a promessa de mover a embaixada norte-americana de Tel Aviv para Jerusalém.

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Ao mesmo tempo que isso foi prometido muitas vezes por candidatos a presidente no passado, Trump é o tipo de líder que pode tomar a iniciativa, e ele provavelmente teria o apoio do Congresso, dominado pelos republicanos.

Caso ocorra, a medida passaria por cima de décadas de diplomacia internacional, segundo a qual o status de Jerusalém não se finalizaria até que um acordo seja alcançado entre israelenses e palestinos, que desejam ter o leste da cidade como capital do seu estado.

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Netanyahu, que mantém uma relação difícil com o presidente Barack Obama, divulgou um comunicado parabenizando Trump e o chamando de um “verdadeiro amigo” de Israel.

A conversa telefônica que os dois tiveram foi, segundo o gabinete de Netanyahu, “sincera e calorosa”, e temas regionais foram discutidos.

O ministro da Educação de Israel, Naftali Bennet, líder de um partido de direita, defensor da construção dos assentamentos israelenses e contrário ao estado palestino, deixou muito claro o efeito da vitória de Trump num comunicado: “A era de um estado palestino está acabada”.

Num governo Trump, analistas israelenses esperam que haverá menos pressão norte-americana para suspender a construção de assentamentos, o que significa que a população de assentados crescerá sem controle, tornando a possibilidade da solução dos dois Estados, objetivo diplomático há décadas, ainda mais distante.

George Jackman, presidente do Instituto de Estudos Democráticos, com base em Ramallah, disse ser possível que Trump surpreenda como presidente, uma vez que suas ideias, especialmente sobre o Oriente Médio, não são nada claras.

"Não devemos esperar que slogans de Trump durante a campanha eleitoral permaneçam sem mudanças”, afirmou ele. “O que é peculiar em Trump é que ninguém sabe que políticas ele pode adotar porque não há planos detalhados.”

Apoiadores israelenses de Trump fazem manifestação na Cidade Velha de Jerusalém

Isso pode ser positivo e negativo. Contudo, para um analista político palestino, é negativo.

"Trump pode buscar marginalizar o processo de palestinos e israelenses e ativar outros, como Síria, Irã e Iraque. Isso é o que Israel quer e o que os palestinos temem.”

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