![Organização guerrilheira convocou 'greve armada'](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/EWA7KXHH7VIOHFRSIPESCSJNKM.jpg?auth=16459c0dcaf0b7528cfa2081428b9d11489fcaf6e3b8537e5899af74e67dca09&width=700&height=478)
Uma das principais organizações guerrilheiras da Colômbia, o ELN (Exército de Libertação Nacional), convocou uma 'greve armada' em todo o território do país para o próximo sábado (10).
A paralisação deve se estender até terça-feira, dia 13 de fevereiro. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (7) por meio da conta no Twitter de Comandante Uriel, que lidera o ELN no departamento de Chocó.
Segundo a publicação, a decisão dos rebeldes foi tomada por conta dos atos de 'terrorismo do Estado' e da perseguição aos dirigentes populares do ELN. "Como também pela negativa do governo para dar continuidade às negociações de paz em Quito". Veja abaixo.
Os conflitos envolvendo o ELN vêm se intensificando desde janeiro de 2018, quando expirou o cessar-fogo entre os rebeldes e o governo da Colômbia, antes do início de uma nova rodada de conversas de paz para renovar o pacto que deveria acontecer em Quito, no Equador. A mídia local afirma que as negociações foram suspensas após uma série de ataques da guerrilha a postos do exército e instalações de uma empresa petrolífera.
Segundo o jornal colombiano Caracol, o governo tenta agora buscar uma saída diante da suspensão das negociações em Quito — e teria designado o senador Iván Cepeda e o ex-ministro Álvaro Leyva para buscar fórmulas de aproximação que tentem 'salvar' o processo de paz.
Histórico
Durante o cessar-fogo assinado em 4 de setembro do último ano, o grupo insurgente prometeu suspender sequestros, ataques em estradas e a instalações de petróleo, uso de minas e recrutamento de menores. Em troca, o governo concordou em melhorar a proteção para líderes comunitários e as condições de tratamento a cerca de 450 rebeldes presos.
O ELN, de 2 mil membros e que frequentemente ataca com explosivos instalações petrolíferas e realiza sequestros, entrou em confronto com outros grupos armados durante a suspensão de hostilidades.
Fundado por católicos radicais de esquerda em 1964, o ELN buscou um acordo de paz com o governo antes, mas houve pouco progresso. O ELN é considerado um grupo terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia.