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Guerrilheiros convocam três dias de 'greve armada' na Colômbia

Rebeldes falam em 'terrorismo do Estado' para justificar medida; governo tenta buscar saída diante de suspensão para negociações de paz

Internacional|Ana Luísa Vieira, do R7, com agências internacionais

Organização guerrilheira convocou 'greve armada'
Organização guerrilheira convocou 'greve armada' Organização guerrilheira convocou 'greve armada'

Uma das principais organizações guerrilheiras da Colômbia, o ELN (Exército de Libertação Nacional), convocou uma 'greve armada' em todo o território do país para o próximo sábado (10).

A paralisação deve se estender até terça-feira, dia 13 de fevereiro. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (7) por meio da conta no Twitter de Comandante Uriel, que lidera o ELN no departamento de Chocó.

Segundo a publicação, a decisão dos rebeldes foi tomada por conta dos atos de 'terrorismo do Estado' e da perseguição aos dirigentes populares do ELN. "Como também pela negativa do governo para dar continuidade às negociações de paz em Quito". Veja abaixo. 

Os conflitos envolvendo o ELN vêm se intensificando desde janeiro de 2018, quando expirou o cessar-fogo entre os rebeldes e o governo da Colômbia, antes do início de uma nova rodada de conversas de paz para renovar o pacto que deveria acontecer em Quito, no Equador. A mídia local afirma que as negociações foram suspensas após uma série de ataques da guerrilha a postos do exército e instalações de uma empresa petrolífera.

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Segundo o jornal colombiano Caracol, o governo tenta agora buscar uma saída diante da suspensão das negociações em Quito — e teria designado o senador Iván Cepeda e o ex-ministro Álvaro Leyva para buscar fórmulas de aproximação que tentem 'salvar' o processo de paz.

Histórico

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Durante o cessar-fogo assinado em 4 de setembro do último ano, o grupo insurgente prometeu suspender sequestros, ataques em estradas e a instalações de petróleo, uso de minas e recrutamento de menores. Em troca, o governo concordou em melhorar a proteção para líderes comunitários e as condições de tratamento a cerca de 450 rebeldes presos.

O ELN, de 2 mil membros e que frequentemente ataca com explosivos instalações petrolíferas e realiza sequestros, entrou em confronto com outros grupos armados durante a suspensão de hostilidades.

Fundado por católicos radicais de esquerda em 1964, o ELN buscou um acordo de paz com o governo antes, mas houve pouco progresso. O ELN é considerado um grupo terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

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