A população de Hong Kong diminuiu 1,2% durante o último ano, perdendo cerca de 90 mil residentes, de acordo com estatísticas divulgadas nesta quinta-feira (12).
No âmbito da repressão à dissidência imposta por Pequim e da pandemia de covid-19 que manteve o centro financeiro fechado, 2020 se tornou o ano com a maior redução populacional desde 1961, também um período de grande convulsão política.
As projeções populacionais para meados de 2021 concluíram que Hong Kong tem 7.394.700 habitantes, o que significa uma diminuição de 87.100 pessoas (1,2%) em relação ao mesmo período do ano passado.
Os números do final de 2020 também apontavam um decréscimo de 1,2%, pelo que os divulgados nesta quinta sugerem que não houve trégua no declínio populacional.
No passado, Hong Kong só registrou uma redução comparável da população, também de 1,2%, em 2003 após a epidemia de SARS (síndrome respiratória aguda grave, causada por um coronavírus da família da covid-19, muito menos contagioso, mas mais letal).
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Além disso, a sociedade de Hong Kong está envelhecendo rapidamente - com mais mortes do que nascimentos -, uma diferença de 11.800 no ano passado.
Os dados fornecidos pelo governo também revelaram o saldo migratório como causa, e o fluxo rendeu um saldo negativo de 20,9 mil, ante os saldos positivos em 2018 e 2019 de 8,5 mil e 23 mil pessoas, respectivamente.