Hong Kong: homem é agredido com tampa de bueiro em manifestação
Depois de agressão, homem ficou inconsciente e foi atendido por um médico voluntário. Segundo polícia, ele sofreu ferimentos, mas foi liberado do hospital
Internacional|Da EFE

Um manifestante nocauteou um homem de 53 anos, com uma tampa de bueiro, no domingo (2), durante mais um dia de protestos em Hong Kong e o deixou inconsciente por alguns momentos.
Um vídeo publicado por vários portais de notícias, mostra uma pessoa deliberadamente se aproximando do homem e o agredindo com a tampa. A vítima, que estava nas ruas para remover as barricadas dos manifestantes, ficou com a cabeça ensanguentada.
Em seguida, um voluntário médico se aproxima para tratar o ferido.
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De acordo com a polícia, a vítima sofreu ferimentos na cabeça no ataque ocorrido no bairro de Mong Kok. Ele recebeu alta no mesmo dia após ser atendido no hospital Kwong Mah.
Um porta-voz da polícia condenou o ataque e disse que não vai "tolerar que os manifestantes continuem usando a violência" para alcançar seus objetivos.
"Tomaremos medidas para restaurar a ordem na sociedade e levar todos os infratores à Justiça", disse o porta-voz.
A volta dos protestos
Após duas semanas relativamente tranquilas, os manifestantes voltaram ontem às ruas, em três passeatas autorizadas em diferentes partes da cidade.
Em um desses atos, os manifestantes agradeceram aos Estados Unidos pela aprovação da Lei de Direitos Humanos e Democracia em Hong Kong, e cerca de mil pessoas participaram dela, uma imagem que contrasta com as manifestações em massa do passado.
No entanto, na madrugada desta segunda-feira, uma das manifestações teve episódios violentos ao atravessar o distrito de Kownloon, quando alguns manifestantes destruíram lojas e restaurantes e entraram em confronto com a polícia.
Os protestos em Hong Kong começaram em junho, após um polêmico projeto de extradição, já retirado pelo governo, mas se transformaram em um movimento que busca uma melhoria nos mecanismos democráticos de Hong Kong e uma oposição à crescente interferência de Pequim.