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Japão volta a ser condenado a indenizar desalojados de Fukushima

Ao todo, 175 pessoas abrigadas em Kanagawa, tinham solicitado uma compensação combinada de 5,4 bilhões de ienes (R$ 181 milhões) por danos

Internacional|Da EFE

Acidente deixou mais 100 desalojados
Acidente deixou mais 100 desalojados Acidente deixou mais 100 desalojados

Um tribunal japonês determinou novamente nesta quarta-feira (20) que o Estado e a companhia proprietária da usina nuclear de Fukushima indenizem em 419 milhões de ienes (cerca de R$ 15 milhões) a mais de 100 pessoas desalojadas após o acidente atômico de 2011.

A sentença do Tribunal do Distrito de Yokohama é a quinta decisão deste tipo a estabelecer a responsabilidade do governo do Japão no desastre e a oitava contra a Tokyo Electric Power Company (Tepco), entre os aproximadamente 30 processos coletivos interpostos por deslocados e afetados pelo acidente.

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Ao todo, 175 pessoas, a maioria abrigada em Kanagawa (cuja capital é Yokohama), tinham solicitado uma compensação combinada de 5,4 bilhões de ienes (R$ 181 milhões) por danos. A decisão determinou indenização para 152 solicitantes, que também pediram uma compensação por danos psicológicos pela "perda da sua cidade natal" por causa da crise nuclear desencadeada pelo terremoto e tsunami de 11 de março de 2011.

O juiz Ken Nakadaira afirmou hoje na sentença, divulgada pela agência local de notícias "Kyodo", que o acidente podia ter sido evitado, já que o governo poderia prever desde setembro de 2009, a partir da projeção dos especialistas, que um tsunami poderia atingir a área e provocar um blecaute na usina. De acordo com a argumentação de Nakadaira, desde o final de 2010 poderiam ter sido tomadas medidas, como a instalação de geradores de energia de emergência, que teriam evitado o dano aos reatores centrais e as explosões de hidrogênio que causaram a liberação de grandes quantidades de materiais radiativos para fora da fábrica.

O juiz também criticou o Estado pelo seu julgamento prévio ao desastre de que as medidas contra tsunamis adotados pela Tepco eram suficientes, o que rotulou de "erro e fracasso", e acusou o governo de não ter exercido adequadamente a sua autoridade reguladora.

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