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Liz Truss tem direito a pensão vitalícia de R$ 700 mil pelos 44 dias como primeira-ministra; entenda

Benefício foi criado em 1991 para ajudar ex-premiês 'a cumprir os deveres públicos'; oposição pede a ela que recuse auxílio

Internacional|Gabriel Herbelha*, do R7

Liz Truss renunciou ao cargo após plano fiscal apresentado por ela fracassar
Liz Truss renunciou ao cargo após plano fiscal apresentado por ela fracassar Liz Truss renunciou ao cargo após plano fiscal apresentado por ela fracassar

Liz Truss entrou nos anais da história por se tornar a primeira-ministra com menos tempo à frente do Reino Unido, ao ficar apenas 44 dias no cargo, até renunciar, na última quinta-feira (20).

Mesmo ficando seis semanas no cargo, Truss terá o direito de receber uma vantajosa pensão estabelecida pelo governo do Reino Unido para ex-premiês, que pode chegar a até 115 mil libras ao ano (cerca de R$ 700 mil, na conversão de valores).

O "teto" é o mesmo para antecessores que ficaram muito mais tempo no poder, como Tony Blair, primeiro-ministro entre 1997 e 2007, David Cameron, premiê entre 2010 e 2016, e Theresa May, no cargo entre 2016 e 2019. Todos os políticos listados acima reivindicaram o benefício.

Até o momento, não há informações públicas se Liz Truss vai aceitar o benefício, anunciado inicialmente em 1991, pelo então primeiro-ministro britânico John Major.

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Alguns internautas, ao comentar a notícia do possível salário que a política poderia vir a receber, foram irônicos ao dizer que se tratava do melhor investimento da história. Outros criticaram a ideia de políticos receberem pensão, e outra parte disse entender, já que ela investiu por anos na carreira pública até chegar ao cargo, ainda que tenha ficado pouquíssimo tempo.

O Public Duty Costs Allowance (PDCA), (Orientação de Subsídio de Custo de Serviço Público, na tradução) foi criado para auxiliar ex-primeiros-ministros que ainda estavam ativos na vida pública.

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Segundo comunicado do governo britânico, os “pagamentos são feitos apenas para cobrir o custo real de continuar a cumprir os deveres públicos”, e não para apoiar funções no setor privado ou parlamentar.

Ainda segundo o regulamento, ex-premiês não podem reivindicar o benefício caso no momento estejam servindo como líder de oposição no Parlamento. Caso esse primeiro-ministro assuma um cargo público e já receba o bônus, o valor subsidiado é revisto.

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Pelas regras do PDCA, após a morte de um premiê, o salário continua a ser pago por mais três meses aos funcionários do requerente.

O líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, que faz oposição ao atual governo, pediu a Truss que recuse o benefício. “Eu acredito que é a coisa certa a fazer. Ela ficou 44 dias no cargo, ela não tem direito a isso, ela deveria recusar e não aceitar”, afirmou o político em entrevista ao iTV News.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Daniel Pinheiro

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