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Mortes por causa de boato sobre desmoronamento de ponte na Índia sobem para 115 

Tragédia similar ocorreu há sete anos, no mesmo local

Internacional|

Homem carrega mulher ferida durante a debandada dos fiéis
Homem carrega mulher ferida durante a debandada dos fiéis Homem carrega mulher ferida durante a debandada dos fiéis

O balanço do tumulto ocorrido no domingo (13) na região central da Índia durante uma peregrinação subiu nesta segunda-feira (14) para 115 mortos, além de 110 feridos.

Dez feridos estão em condição crítica, anunciou o comandante da polícia, D.K.Arya.

"Recuperamos corpos no rio e no local em que as pessoas foram asfixiadas pela multidão", disse à reportagem o policial Anand Mishra.

A tragédia aconteceu no domingo perto de um templo do distrito de Datia, no estado de Madhya Pradesh.

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No momento da confusão, quase 20 mil pessoas estavam na ponte sobre o rio Sindh.

Segundo as autoridades locais, um boato sobre o possível colapso da ponte, que teria recebido o impacto de um trator, provocou uma correria.

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Muitos peregrinos morreram asfixiados, outros afogados, depois que caíram no rio.

Os sobreviventes relataram cenas de caos e os esforços desesperados das vítimas para escapar da morte.

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"Alguns arrancaram os saris dos corpos das mulheres para usá-los como cordas e descer da ponte, mas não conseguiram escapar. Se afogaram nas águas agitadas do rio", contou à reportagem o vendedor ambulante Man Singh.

"As pessoas pulavam no rio, mas não conseguiam nadar contra a corrente", declarou Manoj Shrama ao jornal Times of India.

Atualmente os hindus celebram o final da festa Navaratri, uma homenagem à deusa Durga, que atrai milhões de fiéis aos templos.

Quase 400 mil pessoas estavam nos arredores do templo de Ratangarh, que fica a 350 km de Bhopal, capital do estado.

Testemunhas denunciaram agressões da polícia contra a multidão, mas as autoridades negaram a acusação.

Há sete anos, uma tragédia similar, perto do mesmo templo, provocou a morte de 50 pessoas. O acidente motivou a construção da ponte.

"Os policiais de Datia não aprenderam nada com o que aconteceu em 2006", criticou o jornal Hindustan Times. A catástrofe "destaca a incompetência total das autoridades responsáveis pela segurança dos fiéis", completa.

"Se houvesse um número suficiente de policiais, guardas e médicos perto do templo, as mortes poderiam ter sido evitadas", afirmou Kantilal Bhuria, líder do Partido do Congresso em Madhya Pradesh, estado governando pelo partido Bharatiya Janata (BJP).

Os tumultos com vítimas fatais em celebrações religiosas são frequentes na Índia, onde em fevereiro 36 pessoas morreram pisoteadas na peregrinação de Kumbh Mela, às margens do rio Ganges.

Em 2011, 102 hindus morreram em outro tumulto no estado de Kerala, e 224 peregrinos faleceram em setembro de 2008 em Johpur.

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