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Nascida no Brasil, empresária americana que criou plataforma de financiamento se engaja em campanha contra Trump

Candice Pascoal é mais uma empreendedora da tecnologia a criticar novo presidente

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7


Medidas de Trump provocaram mobilizações na população
Medidas de Trump provocaram mobilizações na população

Uma pessoa de dupla cidadania, ao se deparar com o espelho, pela manhã, vê o brilho de seu olhar se misturar ao do sol que atravessa a janela e, na explosão luminosa, superar fronteiras de países, povos, rivalidades. Alguém de cidadania americana e brasileira ao mesmo tempo, como a empresária Candice Pascoal, 38 anos, nascida na Bahia, tem um estímulo a mais para entender melhor dois mundos. E com isso, o mundo inteiro. É capaz, se aproveitar a oportunidade, de apreciar a beleza do jazz em Nova Orleans, balançando no ritmo do samba de qualquer bar da Lapa no Rio.

Tal pessoa tende, ainda, a desenvolver uma capacidade inerente ao ser humano. A de olhar para o outro com um mínimo de empatia. Inerente, mas em inúmeros casos, atrofiada. Na história e nos dias atuais. Segundo estatísticas, a grande maioria dos europeus, por exemplo, considera o refugiado um oportunista que busca se aproveitar do "paraísos sem defeitos que são os seus países." Candice logo se exalta ao falar sobre o tema.

— Você acha que algum dia na vida um refugiado acordou de manhã e disse: oba, hoje eu vou me tornar refugiado? Isso é um absurdo, é um drama, um trauma que ninguém gostaria de passar. O mundo já vive uma enorme crise em relação aos refugiados, que inclusive são acolhidos na maioria em países em desenvolvimento, e o governo de Trump está realçando ainda mais esse problema. Ele está incitando o ódio contra uma população vulnerável.

Foi justamente para iluminar a ignorância com a luz da sabedoria humana que Candice decidiu fundar, em 2013, a Kickante, empresa de financiamento coletivo, o chamado crowdfunding, para trabalhar principalmente em causas humanitárias. A informação é de a empresa já arrecadou mais de R$ 28 mihões em pelo menos 25 mil campanhas ligadas a direitos humanos e inclusão social, estando entre as maiores do Brasil neste setor. Ela conta que já foram captados recursos para ONGs e até para a Organização das Nações Unidas.

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E, ao analisar as última decisões do governo de Donald Trump contrárias à imigração, ela iniciou uma campanha de conscientização, dando apoio às iniciativas dos principais dirigentes de multinacionais de tecnologia, como a Microsoft, a Google e outras instituições que se voltaram contra as medidas do novo governo dos Estados Unidos, país onde mora.

— É de extrema importância a iniciativa destes grandes empresários, porque hoje o CEO de uma multinacional carrega uma ar de celebridade, as pessoas querem ouvir suas opiniões e é importante que se posicionem. Trump foi eleito como algo novo, um homem de negócios e não um político e, na realidade, agora estamos vendo que homens de negócios até maiores do que ele estão indo contra suas posições.

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Como exemplo de que o engajamento tem surtido efeito, ela observa que a instituição Aclu (American Civil Liberties Union), que conta com o apoio da Kickante, iniciou uma campanha que, somente no fim de semana em que as medidas de Trump foram decretadas, arrecadou US$ 28 milhões. A instituição inclusive entrou na Justiça contra as ações de Trump.

— Em geral, por ano, a Aclu arrecada US$ 2 milhões. Isso mostra que a mobilização surte efeito. às vezes, de tão grandes, os problemas parecem insolúveis. Quem vê dessa maneira, deve pensar em se mobilizar por uma causa humanitária. Doe a uma instituição, faça um trabalho voluntário. Com a doação de apenas R$ 10,00 e a utilização de apenas uma hora por semana para uma causa, muita coisa pode ser mudada.

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Muitos podem perguntar a Candice o que a empresa dela neste momento está fazendo de prático. Além de mobilizar toda a sua rede de contatos, Candice conta que, entre várias iniciativas, ela organizou um projeto próprio para ajudar os refugiados: a campanha Um Sorriso para Crianças Refugiadas.

O objetivo da iniciativa, realizada em parceria com uma organização da Holanda, a De Vrolijkheidé, arrecadar R$ 35 mil, a serem utilizados para levar atividades artísticas para as crianças, a fim de que elas desenvolvam seus potenciais. A ação possibilitou a montagem de um museu de vidro, além da publicação de um livro sobre experiências de ajuda aos refugiados. Sem querer estragar a surpresa, já dá até para saber o que dizem os relatos. Que o amor e a solidariedade não têm fronteiras.

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