Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

OMS vê América Latina longe do pico e de poder sair de isolamento

Medidas drásticas de controle da pandemia ainda são necessárias e organização defende investimento pesado em testes e rastreamento de casos

Internacional|Do R7

Mike Ryan, da OMS, diz que AL ainda não atingiu pico
Mike Ryan, da OMS, diz que AL ainda não atingiu pico Mike Ryan, da OMS, diz que AL ainda não atingiu pico

Os especialista da OMS avaliam que a América Latina ainda não atingiu o pico da pandemia do novo coronavírus e o número de novos casos ainda cresce de forma sustentável e alarmante, o que significa que não é possível deixar de seguir medidas mais drásticas de isolamento social. A avaliação foi feita pelo diretor do Programa de Emergência em Saúde da organização, Mike Ryan.

"Eu caracterizaria a situação como ainda em evolução, ainda não tendo atingido seu pico e provavelmente resultando em um número elevados de novos casos e mortes nas próximas semanas", disse Ryan.

Muitos países da região registraram aumentos de 25% a 50% nos casos na última semana, disse ele.

"Os governos das Américas precisam de uma abordagem ampla e total, serem claros na comunicação sobre a pandemia e permitir que a população se autoproteja", comentou Ryan.

Publicidade

VEJA TAMBÉM: Coronavírus se agrava na América Latina; mortes passam de 100 mil

O especialista ressaltou ser muito difícil sair da pandemia se não se consegue identificar casos e isolar as pessoas que tiveram contato com quem foi diagnosticado. "Ninguém quer confinamento, mas a única maneira de evitar isso é investir pesadamente em identificação e rastreamento de casos."

Publicidade

Sobre pico no Brasil: 'Depende do que é feito'

Respondendo pergunta sobre o pico da pandemia no Brasil, Ryan respondeu tecnicamente ser difícil prever quando ele será alcançado, mas foi bastante enfático em críticas indiretas.

"Nós já vimos na Europa que o pico tem a ver com que você faz", dissse o especialista. "O que é feito [para combater a pandemia] afeta a altura do pico, afeta a duração do pico e como é a trajetória de queda [da curva de contágios]. Ou seja, tem tudo a ver com a resposta do governo."

"O vírus não age sozinho. O vírus explora políticas de vigilância pobres. Explora sistemas de saúde enfraquecidos. Explora governos fracos. O vírus explora falta de educação, de comunicação e empoderameno das comunidades. Não há resposta pronta. Não há feitiço mágico."

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.