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ONU condena ataque que matou 56 na Líbia e pede cessar-fogo

Conselho de Segurança da entidade condenou o bombardeio, por tropas rebeldes, contra um centro para detenção de imigrantes na capital, Trípoli

Internacional|Do R7

Ataque destruiu centro para imigrantes em Trípoli
Ataque destruiu centro para imigrantes em Trípoli Ataque destruiu centro para imigrantes em Trípoli

O Conselho de Segurança da ONU condenou nesta sexta-feira (5) o ataque cometido esta semana contra um centro de detenção de imigrantes em Trípoli, na Líbia, que deixou mais de 50 mortos, e pediu um cessar-fogo entre as partes.

Em comunicado divulgado pela missão da França, os membros do principal órgão de decisões das Nações Unidas destacaram "a necessidade de que todas as partes detenham urgentemente a escalada da situação e se comprometam com um cessar-fogo".

O bombardeio, supostamente cometido pelas tropas do marechal opositor Khalifa Hafter, ocorreu durante a noite de terça-feira no centro de detenção da cidade de Tajura, no qual havia 600 migrantes e refugiados, e, segundo esta nota, deixou 56 mortos e 130 feridos.

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Dois lados lutam pelo controle da Líbia: um liderado pelo presidente e primeiro-ministro Fayez al Sarraj, apoiado pela ONU e a União Europeia, que controla Trípoli e algumas áreas do oeste, e outro pelo marechal Hafter, que domina o resto do país e quase todos os recursos petroleiros.

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O Conselho de Segurança ressaltou que a paz e a estabilidade devem basear-se em uma "solução política", razão pela qual instou as partes a retornar à mediação, expressou seu "apoio completo" ao enviado especial da ONU para Libia, Ghassan Salamé, e enfatizou os "esforços continuados" da União Africana e da Liga Árabe.

Além disso, os membros do órgão se mostraram "profundamente preocupados com a piora da situação humanitária", especialmente nos centros de detenção sob responsabilidade do governo líbio, e pediram acesso para as agências de ajuda.

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Por outra parte, reivindicaram que se respeite o embargo de armas contido na Resolução 1970, aprovada em 2011, sobre paz e segurança na África, por parte de todos os Estados-membros.

Nesse sentido, salientaram "a importância da soberania, independência e integridade territorial da Líbia" e pediram a todos os Estados-membros que não intervenham no conflito ou tomem medidas que possam exacerbá-lo.

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Este órgão da ONU tinha se reunido nesta quarta-feira para analisar a situação da Líbia após o ataque da noite de 3 de julho a um centro de detenção em Trípoli e estava finalizando o documento pactuado da condenação ao atentado.

A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, indicou então que o ataque poderia constituir um crime de guerra e essa ideia foi apoiada por Salamé, embora não seja mencionada na declaração emitida pelo Conselho nesta sexta-feira.

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