Otan trabalha para evitar veto da Turquia à Finlândia e Suécia
Aliança militar se reunirá em Madri, na Espanha, e abordará possível adesão de Finlândia e Suécia ao grupo
Internacional|Do R7
![Secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, durante entrevista coletiva](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/OVHS3U7FFBOT7CUCWONXBEIZ6U.jpg?auth=98a985db51887a4ca2b0da946a9f6aaedd0afedb47732a434fe2bece78607de6&width=1024&height=682)
O secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, disse que a aliança militar está trabalhando intensamente para superar o mais rápido possível o veto da Turquia à adesão da Suécia e da Finlândia, mas não há garantia de que um acordo será alcançado até a cúpula da semana que vem em Madri, na Espanha.
"Não posso dar nenhuma garantia sobre quando teremos sucesso, mas estamos trabalhando duro para chegar a um acordo quanto antes", afirmou Stoltenberg, que enfatizou seu engajamento ativo "com [o presidente turco, Recep Tayyip] Erdogan, com os líderes políticos em Ancara, e também com Estocolmo e Helsinque".
O político norueguês descreveu como "históricas" as decisões da Suécia e da Finlândia de solicitar adesão à Otan, o que, segundo ele, fortaleceria ambos os países, além da própria aliança "e do vínculo transatlântico".
Stoltenberg enfatizou que a Otan também deve "levar em conta as preocupações de todos os aliados e, nesse caso, especialmente as que foram manifestadas pela Turquia". O chefe da entidade ainda comentou que "nenhum outro aliado sofreu mais ataques terroristas e nenhum outro aliado está hospedando mais refugiados" do que a Turquia.
Ele também declarou que o país é "um importante aliado na fronteira com o Iraque e a Síria", que tem desempenhado "um papel fundamental na luta contra o Estado Islâmico" e é uma nação do mar Negro "que ajuda a enfrentar a crise alimentar por meio da retirada de grãos retidos em portos da Ucrânia".
"Portanto, quando a Turquia levanta suas preocupações, temos que levá-las a sério", frisou.
A cúpula da Otan, que vai acontecer nos próximos dias 29 e 30, em Madri, discutirá o pedido de adesão da Suécia e da Finlândia à organização, que foi bloqueado por causa das exigências da Turquia de que os dois países mudem radicalmente sua postura em relação às organizações políticas curdas.
Os líderes aliados também discutirão o apoio à Ucrânia, o reforço da presença militar da aliança e a aprovação do novo Conceito Estratégico, o documento que vai orientar as estratégias da Otan nos próximos anos.