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Polícia da Bolívia prende político opositor ao governo federal

O governador de Santa Cruz de La Sierra, Luis Fernando Camacho, foi detido enquanto voltava para casa após compromissos oficiais

Internacional|Do R7


Luis Fernando Camacho durante discurso em 2019
Luis Fernando Camacho durante discurso em 2019

O ministro boliviano Eduardo del Castillo confirmou nesta quarta-feira (28) a prisão de Luis Fernando Camacho, líder da oposição e governador de Santa Cruz de La Sierra, a maior região e motor econômico do país. O governo local denuncia que ele foi "sequestrado em operação policial".

“Informamos ao povo boliviano que a polícia boliviana cumpriu o mandado de prisão contra o senhor Luis Fernando Camacho”, escreveu Del Castillo nas redes sociais, sem especificar, por enquanto, por qual de inúmeras causas ele foi preso.

O Governo de Santa Cruz de La Sierra denunciou em nota que Camacho "foi sequestrado em operação policial absolutamente irregular e levado para destino desconhecido".

"A operação de sequestro do governador foi realizada nas ruas próximas à sua casa quando ele voltava após ter realizado atividades de gestão", indica a nota. O governo destacou que neste momento não se sabe onde está Camacho e culpou o governo do presidente Luis Arce "pela segurança física e da vida" do opositor.

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Parlamentares nacionais e departamentais do partido de Camacho, o Creemos, chegaram ao aeroporto internacional Viru Viru e também ao aeroporto internacional El Trompillo, ambos em Santa Cruz, junto com vários seguidores do governador, para impedir a transferência dele para La Paz.

Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o veículo em que viajava o governador de Santa Cruz foi interceptado por pelo menos dois motoristas e que eles dispararam gás lacrimogêneo para forçá-lo a parar.

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Em seguida, ele é ouvido ao sair do veículo tossindo, enquanto alguns homens gritam para que ele deite no chão, em meio a insultos.

Luis Fernando Camacho ganhou notoriedade em 2019, ao liderar os protestos em Santa Cruz por denúncias de suposta fraude eleitoral em favor do então presidente Evo Morales nas fracassadas eleições gerais daquele ano.

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Esse conflito levou à renúncia de Morales da Presidência, o que, para o atual governo de Arce e o partido governista, foi um suposto "golpe de Estado" contra ele.

Camacho foi denunciado pelo suposto golpe contra Morales em um processo pelo qual a ex-presidente interina Jeanine Áñez está presa.

Além desse processo, também há inúmeras denúncias contra ele do partido no poder, pela greve de 36 dias realizada em Santa Cruz de La Sierra entre outubro e novembro deste ano para exigir a conclusão imediata do censo populacional.

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