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Polícia mata 14 pessoas em protesto por sequestro de criança albina em Madagascar

Manifestantes se revoltaram contra demora em encontrar o menino desaparecido; outras 28 pessoas ficaram feridas na confusão

Internacional|Do R7


A cidade de Ikongo, em Madagascar, está em choque com o desaparecimento de uma criança albina
A cidade de Ikongo, em Madagascar, está em choque com o desaparecimento de uma criança albina

A polícia de Madagascar matou pelo menos 14 pessoas e feriu outras 28 nesta segunda-feira (29) ao abrir fogo contra vários manifestantes enfurecidos com o sequestro de um menino albino, informaram fontes locais.

"Os policiais abriram fogo contra a multidão", declarou à AFP o deputado Jean-Brunelle Razafintsiandraofa na localidade de Ikongo, sudeste do país, onde aconteceu o incidente.

"Nove pessoas morreram" no local, disse Tango Oscar Toky, médico-chefe do hospital local. Dos 33 feridos que entraram pela manhã, cinco morreram na unidade de atendimento, acrescentou.

Por volta das 8h no horário local (5h em Brasília), tiros foram ouvidos em Ikongo. Desde a semana passada, a pequena cidade está em choque com o desaparecimento de uma criança albina, que as autoridades atribuem a um possível sequestro.

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Em Madagascar, as pessoas albinas são frequentemente submetidas à violência. Nos últimos dois anos, houve mais de uma dúzia de sequestros, ataques e assassinatos contra pessoas com albinismo, segundo as Nações Unidas.

Os policiais prenderam quatro suspeitos, mas os cidadãos estão determinados a fazer justiça com as próprias mãos.

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De manhã, eles se reuniram do lado de fora do quartel policial e exigiram que os quatro suspeitos fossem entregues a eles, segundo Razafintsiandraofa. Uma fonte da polícia disse à AFP que pelo menos 500 pessoas se reuniram no local, algumas com "armas brancas" e "facões".

"Houve negociações, os moradores insistiram", disse a fonte. No fim, os policiais decidiram lançar granadas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão e realizaram alguns disparos.

Mas os habitantes tentaram forçar a entrada no quartel, e os policiais "não tiveram escolha a não ser se defender", disse a fonte.

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